Processo contra ex-vice da África é rejeitado

Um juiz sul-africano rejeitou nesta quarta-feira a ação por corrupção e fraude apresentada contra o ex-vice-presidente Jacob Zuma, devido a irregularidades na apresentação feita pela promotoria. A resolução do magistrado Herbert Msimang, no entanto, permi

Logo após a divulgação da rejeição, um porta-voz da promotoria se disse decepcionado com a decisão judicial, mas acrescentou que não implica que o caso não tenha a ''força'' suficiente e que não será apresentado novamente assim que forem resolvidos os pontos pendentes.


 


Zuma é considerado o líder político com mais chances de ser eleito o próximo chefe de Estado quando o presidente, Thabo Mbeki, encerrar seu mandato em 2009.


 


A decisão do juiz foi anunciada em Pietermaritzburg, no leste do país, onde o caso estava sendo estudado pelo Supremo Tribunal, que decidiria hoje se adiaria ou não o julgamento até o próximo ano, como pediu a Promotoria.


 


Segundo a emissora sulafricana SABC, o juiz principal disse que a equipe de promotores deveria ter fundamentado melhor sua ação. Zuma foi destituído como vice-presidente em 14 de junho do ano passado por Mbeki após seu assessor financeiro, Shabir Shaik, ter sido condenado a 15 anos de prisão por corrupção.


 


Shaik foi condenado por causa de uma série de pagamentos irregulares que fez a Zuma e que totalizaram 1,2 milhão de rands (US$ 170 mil). Estes pagamentos, segundo os antecedentes da causa, estão ligados à proteção política que ofereceu Shaik ao grupo francês Thomson-Thales, supostamente em nome de Zuma, na negociação dos contratos de material bélico.


 


O porta-voz da Procuradoria Geral, Makhosini Nkosi, esclareceu que o tribunal não tinha entrado nos méritos da causa, mas nos procedimentos. Nkosi disse que a Promotoria anunciará em breve se voltará a apresentar as acusações ou se abandonará a causa.