Protesto contra Blair em Manchester: “Hora de ir embora”

O protesto foi engrossado por manifestantes de outras cidades. Um “trem pela paz” veio de Londres. Máscaras, bonecos e barulho reforçaram o protesto antibelicista.

Blair foi a Manchester para participar do Congresso do Partido Trabalhista, neste domingo. Ali ele deve enfrentar mais demonstrações de insatisfação. Na semana passada, ele foi vaiado ao discursar no Congresso anual da TUC — a poderosa e centenária central sindical britânica. As causas de descontentamento são variadas, mas o apoio à política de guerra dos Estados Unidos de George W. Bush aparece sempre com destaque.

A manifestação protestou também contra a invasão do Líbano por Israel, no último dia 13 de julho. Teve a participação de um ex-prisioneiros dos EUA no campo de concentração de Guantânamo e de mães de soldados britânicos enviados ao Iraque. Uma forte ala ambientalista protestou contra o lançamento de uma nova geração de armas atômicas e também contra a construção de mais usinas nucleares.

Um teste para Gordon Blow

Acusando a impopularidade de suas políticas, Blair concordou em deixar a liderança trabalhista e este será o último congresso da sigla sob o seu comando. O sucessor — e futuro  primeiro ministro, caso o partido mantenha a maioria parlamentar  — deve ser Gordon Blow.

O Congresso trabalhista deve durar cinco dias, no velho estilo europeu, que ainda valoriza os debates partidários. O encontro é visto como um teste para Blow, que tem se esquivado de expressar uma plataforma nítica.

Correligionários do pretendente, porém, disseram nesta sábado que ele pode propor uma relação com Bush “diferente da de Tony Blair”. O atual primeiro ministro perdeu numerosos pontos por sua fidelidade irrestrita ao chefe da Casa Branca.

Com agências