Amorim faz o balanço da missão brasileira de resgate no Líbano

A missão diplomática do governo para retirar do Líbano os brasileiros que estavam nas áreas de conflito com Israel foi uma “operação difícil e complexa”, mas “muito positiva”. A avaliação é do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. Ele lembrou que

“Essa foi uma operação que nunca foi feita no Brasil e foi feita com tranqüilidade, com calma, com o mínimo de percalços. Foi surpresa até para os outros países”, afirmou o ministro. De acordo com Amorim, houve dificuldades logísticas, financeiras e políticas na operação, exigindo grande esforço do governo brasileiro e do Itamaraty.



Colônia homenageia o ministro



“Não era fácil fazer com que os comboios transitassem por certas regiões do Líbano com direção à Síria ou à Turquia. A operação também exigiu contatos diplomáticos do mais alto nível”. Amorim esteve na região em agosto para acompanhar a retirada dos brasileiros.



Amorim afirmou que os trabalhos do governo brasileiro junto ao Líbano ainda não acabaram. “Agora, com o auxílio da comunidade libanesa e com ações do governo, nós estaremos empenhados em ajudar e contribuir para a paz na região”. Segundo ele, essa é uma tarefa que não dependerá somente do governo, mas do empenho dos parlamentares, da sociedade civil e das comunidades libanesas.



Na noite desta terça-feira (26), o ministro foi homenageado pela comunidade libanesa no Brasil em cerimônia no Clube Monte Líbano, em São Paulo. Também participou do evento, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, que elogiou a missão brasileira no Líbano, dizendo que “o Brasil tem tradição de respeitar e agir quando os direitos humanos são violados”.