Candidatos debatem

O debate na TV com a participação de todos os candidatos é o destaque de hoje na imprensa do Tocantins. Os candidatos ao governo e ao senado deram suas opiniões sobre a pesquisa eleitoral divulgada ontem. Foram divulgadas, também, a pesquisa sobre o nível

Jornal do Tocantins


Debate na TV O confronto entre Marcelo Miranda (PMDB) e Siqueira (PSDB) não ocorreu. Marcelo, nas vezes em que escolheu a quem fazer perguntas, dirigiu-as a Quintanilha (PCdoB), Professor Elísio (PSOL) e Capitão Azevedo (PSDC). Siqueira, nas duas vezes em que foi sorteado para decidir a quem questionar, preferiu Marcelo. A primeira, sobre saúde. Disse que o Tocantins vive o pior momento na saúde pública: faltam remédios, equipamentos, pagamento da produtividade dos médicos e a população sofre nos corredores dos hospitais. Falou sobre a crise da cegueira de Araguatins, sobre a desnutrição dos índios Apinagé e que o governo promete construir novos hospitais. Perguntou se não seria melhor colocar os que existem para funcionar. Marcelo alegou que estava pagando o preço do descaso da administração anterior e que investiu em saúde o dobro que Siqueira. Disse que vai construir quatro hospitais. Discordou que faltem remédios e negou que o Governo tenha falhado no caso das ocorrências de cegueira registradas em Araguatins. Falou ainda que fez hospitais e realizou concursos para contratar profissionais. Na segunda vez, Siqueira perguntou por que Marcelo não voltou ao Japão para buscar os financiamentos que haviam sido acertados durante o seu Governo. Marcelo disse que procurou pagar as contas, inclusive financiamentos internacionais, deixados por Siqueira. Na réplica, Siqueira disse que deixou em caixa R$ 390 milhões, em conta corrente. Além disso, os US$ 106 milhões eram o aditamento a um financiamento de US$ 300 que ele, Siqueira, também deixara. Quintanilha, Elísio e Capitão Azevedo reforçaram suas propostas de Governo e pedidos de votos. Quintanilha centrou-se mais nas propostas voltadas para as áreas de industrialização do Estado e da educação de crianças e jovens. Elísio alfinetou seus adversários, principalmente o atual e o ex-governador, tecendo comentários sobre o “grande número de contratações” de servidores e a participação de utistas no escândalo das sanguessugas. Um dos oponentes o chamou de “leviano”, o que gerou direito de resposta ao pessolista, que se disse “ético e moral”. Azevedo limitou-se a evidenciar suas propostas.


 


Agenda dos candidatos Marcelo vai a Miranorte, Divinópolis, Sítio Novo e Araguaína e Araguaína. Siqueira vai a Araguaína. Quintanilha visita Gurupi, Fiqueirópolis, Alvorada e São Valério. Elísio visita Palmas. Capitão Azevedo não tem agenda.


 


Candidatos avaliam pesquisa Marcelo Mirandadisse que seus 49,9% das intenções de voto são fruto do trabalho de todos da coligação. Siqueira disse que “as urnas são a verdadeira pesquisa”. Quintanilha (PCdoB) disse que o resultado não reflete o que vê nas ruas. Elísio considera a pesquisa “um termometrozinho fajuto”. O Capitão Azevedo (PSDC), que tem 0,1%, garante que vai continuar trabalhando até 1º de outubro. Kátia Abreu (PFL), que está com 49,4%, está “muito feliz”. Eduardo Siqueira Campos (PSDB) prefere acreditar no que está vendo nas ruas. Célio Moura (PT) diz “que a nossa pesquisa mostra outro resultado, com dois dígitos”. Cláudio Dallabrida (PSOL) acredita que “o resultado nas urnas será diferente. Weder Santos (PSDC), com 0,8% tem expectativa “de 1,8% a 2,5%”.


 


Maurício Rabelo desiste de candidatura Depois de um ano turbulento e de ter seu nome envolvido no relatório da CPI dos Sanguessugas, que investiga a máfia das ambulâncias, o deputado federal Maurício Rabelo (PL) disse ontem que desistiu da candidatura à reeleição.


 


Desemprego preocupa O desemprego continua a ser a maior preocupação do tocantinense. Na pesquisa Serpes/Jornal do Tocantins, realizada de 19 a 22 de setembro, 54,6% disseram que essa é a área em que a população tem maiores problemas. Dos mil entrevistados que apontaram esse item, 59,6% eram mulheres e 49,8%, homens, 65% estavam entre 16 e 24 anos e 62,4% tinham o 2º grau. A idade de 60,8% dos pesquisados que citaram este item estava entre 16 e 24 anos e 58,5% tinham 1º grau. A segunda preocupação é a saúde – 52,9% -, seguida pela educação, com 19,2%. As mulheres mostram-se mais preocupadas com a saúde que os homens: 55,1% de todas as entrevistadas contra 50,8%. A faixa etária predominante neste item é a que vai de 45 a 59 anos, com 59,4%, e 57% têm primário. A pesquisa Serpes/Jornal do Tocantins mediu o sentimento do tocantinense em relação à vida que leva hoje, constatando que 71,8% sentem-se satisfeitos e 4,6%, muito satisfeitos. Os insatisfeitos somam 20,4% e os muito insatisfeitos, 2,1%, enquanto 1,1% não opinaram. Das pessoas que estão satisfeitas, 76,7% são homens e 66,7%, mulheres. A faixa etária com maior grau de satisfação é de tocantinenses com 60 anos ou mais, com 82,5%, seguida pelos de 16 a 24 anos, com 73,8%. No que se refere ao grau de instrução, 74,3% dos que se sentem satisfeitos têm curso primário, seguido pelos que completaram o 2º grau (72%).


 


Segurança precisa ampliar efetivo O Tocantins conta com 4.216 policiais militares e 1.400 operadores de segurança na Polícia Civil. As 105 delegacias, sendo 19 na Capital, têm que dividir o atendimento entre os 139 municípios. Muitos destacamentos militares do interior contam com apenas três policiais. Equipamentos de trabalho como viaturas, coletes, armamento e algemas também apresentam déficit. Representantes de classe da Polícia Militar e Polícia Civil do Estado apontaram as necessidades que consideram prioritárias para a segurança no Estado. Investimentos na ampliação do quadro, valorização dos operadores e melhores condições de trabalho são reivindicados pelos representantes para melhorias do setor que consideram ter passado ainda por transformações positivas nos últimos anos.


 


clebertoledo.com.br


 


Leomar apresenta propostas durante debate  O candidato da coligação Mudança pra Valer aproveitou o debate na TV Anhanguera para dar detalhes de muitas das suas propostas para gerir o Estado. Ele chegou a fazer críticas, mas indiretas e sempre apresentando soluções para os problemas. Por duas vezes, falou do desenvolvimento da área rural. Ele defendeu, de modo veemente, o aproveitamento das potencialidades agrícolas do Tocantins, como, por exemplo, a utilização do coro do boi também para a industrialização. Uma das medidas para atrair indústrias que trabalham com esse material para o Estado é a reformulação da política fiscal, concedendo incentivos e reduzindo o ICMS. O senador, mais uma vez, prometeu que se for eleito vai instalar uma Central de Distribuição de Alimentos. Esse órgão, que será gerido pelo governo, vai dar condições de absorver toda a produção local de produtos agrícolas. Com a iniciativa, Leomar explicou que é possível, ao mesmo tempo, melhorar os ganhos dos produtores rurais do Estado, diminuir o preço dos produtos para a população e gerar empregos. Ex-secretário estadual de Educação, o senador também falou dessa área. Leomar defendeu uma reformulação total no setor no Tocantins e reclamou do fato do Estado ter sido mal avaliado pelo Ministério da Educação. O candidato sugeriu a estruturação “de uma rede proteção para as crianças, com a implantação da escola em tempo integral”. O senador prometeu, também, aumentar os salários dos professores e oferecer cursos qualificação para estes profissionais. Como vem fazendo desde o início da campanha, disse que seu governo, além de facilitar o acesso dos jovens à universidade, vai investir mais no ensino profissionalizante. Leomar lembrou do Seminário Fala Tocantins!.  Por meio desse evento organizado pelo seu gabinete antes da campanha eleitoral, o senador, que fez reuniões em 30 localidades do Estado, afirma ter detectado que o desemprego é o problema mais grave da população. O candidato, então, disse que esse mal pode ser atacado com três medidas. A industrialização do Estado, a retomada e o melhor aproveitamento de todas as potencialidades agrícolas e o desenvolvimento do turismo. O parlamentar foi o único dos cinco candidatos a falar em turismo no debate. Nesta área, porém, não recebeu qualquer pergunta e tampouco deu detalhes de como aconteceriam as ações.