Sob suspeita, Ana Maria Rangel diz que quer ajudar Alckmin

A candidata à Presidência da República pelo PRP, Ana Maria Rangel, disse nesta tarde, em Brasília, que que pretende manter sua candidatura até o fim e caso haja segundo turno, apoiará o tucano Geraldo Alckmin, por quem fará “o possível e o impossível p

A candidata do PRP, que está sendo investigada pela justiça eleitoral, diz estar indignada com o TSE por só ter deferido sua candidatura em 19 de setembro. Ana Maria recordou que o Ministério Público deferiu sua candidatura em 27 de agosto, mas o Tribunal só julgou o deferimento no último dia permitido pela legislação.



Ana Maria lamentou ter somente nove dias para fazer campanha. “Eu não tive horário na televisão. Por que tudo isso? Eu gostaria de saber quem está por trás disso”, questionou. Entretanto, ela comemorou que em poucos dias já alcançou 1% das intenções de voto nas pesquisas.


 


Sobre os planos para o futuro, Ana Maria informou que vai se reestruturar e que já foi convidada por outras legendas para concorrer a outros cargos públicos. “Eu sabia que quando estava entrando aqui que era sujo, mas acho que eu não estava preparada. Não é sujo, é podre”, disse, referindo-se à campanha e sem explicar por que ingressou no partido e reghistrou candidatura se sabia que “era sujo”.



Bastante nervosa, a candidata distribuiu a jornalistas cópia de mais um pedido de indeferimento da sua candidatura protocolado pelo vice-presidente do PRP, Oswaldo Souza Oliveira. A falta de apoio dentro do partido foi creditada ao presidente do PRP, Ovasco Resende, e sua família.


 


“Então não adianta, é ele quem manda no partido”, criticou. Ana Maria lembrou que a briga no próprio partido existe porque ela denunciou que, um dia antes da convenção nacional do partido, Resende teria cobrado R$ 14 milhões para aceitar sua candidatura.


 


Na verdade, a história ainda está cercada de dúvidas. Segundo dirigentes do partido de Ana Maria, ela ofereceu dinheiro em troca da candidatura e depois armou um falso flagrante de extorsão para aparecer na mídia e se precaver de futuras acusações.


 


O advogado do presidente do PRP, Alberto Rolo, afirmou em julho que iria processar a candidata por calúnia e estelionato, já que ela preencheu propositalmente de forma errada os cheques usados na transação com o PRP. “Trata-se do anúncio de um crime que meu cliente não cometeu e a frustração do pagamento dos cheques, de acordo com o contrato assinado”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.


 


Ana Maria afirmou que a avaliação de sua candidatura não seguiu os trâmites legais, mas não apontou culpados. Ela destacou que chegou a ser alertada por seus assessores de que sua candidatura só seria deferida no último dia. A candidata,  que é empresária nos Estados Unidos e sequer mora no Brasil, disse que pretende manter sua candidatura até o fim e caso haja segundo turno, apoiará o tucano Geraldo Alckmin, por quem fará “o possível e o impossível para ajudar”.


 


Da redação,
com informações das agências