Rafael Correa amplia liderança nas pesquisas do Equador

O candidato nacionalista Rafael Correa ampliou para dez pontos percentuais sua vantagem na eleição presidencial do Equador, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (3/10).

O instituto Informe Confidencial divulgou que Correa subiu um ponto em relação à pesquisa anterior e atingiu 27% (o melhor resultado na campanha), enquanto seu principal adversário, o centro-esquerdista León Roldós, caiu três. A disputa pelo segundo lugar, aliás, se acirrou, já que o populista Alvaro Noboa cresceu e agora está apenas um ponto atrás de Roldós.



A pesquisa ouviu 1.430 pessoas durante o fim de semana. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As eleições estão marcadas para o dia 15 de outubro.



Apesar da liderança, Correa provavelmente ainda terá de enfrentar um difícil segundo turno, pois o adversário – seja quem for – deve obter apoio dos candidatos derrotados. Para vencer no primeiro turno do dia 15, Correa precisa de pelo menos 40% dos votos e de pontos de vantagem sobre o segundo colocado.



Interferência do mercado
Investidores estrangeiros temem que as promessas nacionalistas de Correa criem instabilidade no país, onde três presidentes não conseguiram chegar ao fim do mandato nos últimos dez anos.



Um sinal do descontentamento do mercado financeiro em relação ao crescimento de Correa é o forte movimento de venda de títulos públicos equatorianos, após o candidato ter afirmado que analisará qual a melhor forma pagar a dívida do país.



A proximidade de Correa com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também é um fator que causa receio nos investidores, acostumados às benesses colocadas em prática pelos últimos governantes do país.



A amizade com Chávez, no entanto, foi benéfica a Correa, que há menos de dois meses se encontrava em terceiro lugar nas pesquisas. Os bons ventos da revolução pela qual a Venezuela está passando chegaram à população pobre do Equador, que vê no presidente venezuelano uma liderança positiva para a América Latina.



“Recebo críticas por ser amigo de Chávez, mas se eu fosse amigo de Geroge W. Bush provavelmente seria considerado o homem do ano no país”, afirmou Correa, em tom de ironia, no começo da campanha.