Intersindical de Ijuí divulga manifesto de apoio à mobilização dos bancários

Na manhã desta terça-feira a Intersindical de Ijuí inicia a divulgação de um panfleto contendo mensagem de apoio à mobilização dos trabalhadores bancários. O texto faz uma análise das reivindicações da categoria e aponta alguns dos itens que são unific

O material será distribuído em todas as agências bancárias de Ijuí e nos sindicatos integrantes da entidade. Algumas cópias também serão levadas aos veículos de comunicação social estabelecidos no município-sede.


 


Conforme a presidente da Intersindical, Rosane Simon, a iniciativa tem o objetivo de ampliar a rede de apoio dos movimentos sociais à luta dos bancários, além de marcar a posição da entidade contra os abusos praticados pelas instituições financeiras sobre seus funcionários e usuários dos serviços dos bancos.


 


A seguir, o texto do panfleto:


 


Manifesto de apoio à mobilização dos bancários


Justamente por contrapor-se à constante exploração a que o sistema bancário vem submetendo a parcela produtiva da sociedade, a mobilização protagonizada pelo Sindicato dos Bancários ganha amplas dimensões. Transcendendo os limites da luta de uma única categoria profissional por melhores salários e condições de trabalho, as reivindicações dos bancários incluem itens que visam beneficiar uma grande parcela da população.


 


Medidas como a ampliação do horário de atendimento e a melhoria das condições de segurança trazem benefícios diretos aos trabalhadores bancários e a todos que utilizam-se das agências para ter acesso aos serviços de banco, tendo como resultados imediatos a geração de mais empregos e a redução do tempo de espera por atendimento. Já a redução das tarifas e das taxas de juro praticadas tende à inversão do fluxo de capitais da esfera financeira para os setores produtivos e de consumo, comprovadamente muito mais eficazes para impulsionar o desenvolvimento econômico e social com distribuição de renda. Considerando o lucro auferido no primeiro semestre desse ano pelos cinco maiores bancos do país, cerca de R$ 15 bilhões, temos indicativo suficiente da absurda concentração de riquezas promovida pelas instituições financeiras, sendo mínima a parcela de recursos reinvestida em qualificação dos serviços e na remuneração dos recursos humanos. Aliás, o que os bancários e sindicalistas vem denunciando é exatamente o contrário: no cotidiano dos bancos há descaso com as condições de saúde dos trabalhadores, gerando lesões por esforço repetitivo (LER) e sofrimento psíquico.


 


Por todas estas razões é que a greve dos trabalhadores bancários tem toda a legitimidade e merece as manifestações de apoio dos demais sindicatos e, principalmente, da população, que deve encarar a paralisação momentânea de algumas atividades como uma espécie de investimento, plenamente compensador porque propõe-se a acabar com muitas daquelas inúmeras práticas abusivas a que cotidianamente estamos sendo submetidos pelas grandes instituições financeiras.


 


De Ijuí
Mateus Junges