Metalúrgicos também podem entrar em greve

Os cerca de 40 mil metalúrgicos do estado do Rio de Janeiro, a exemplo dos bancários, podem também entrar em greve. A categoria faz assembléia no próximo dia 11, devendo aprovar estado de greve, uma preparação para a paralisação.

Os trabalhadores estão em campanha salarial e enfrentam negociações duras com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O Sindicato representa metalúrgicos dos municípios do Rio, Magé, Guapimirim, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí.


Inaceitável


O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Maurício Ramos, classificou a contraproposta apresentada pelos patrões como vergonhosa e inaceitável. “Vamos aprovar o estado de greve, marcar uma nova assembléia e se até lá a Firjan não apresentar uma proposta decente vamos entrar em greve”, afirmou Maurício. Na segunda rodada de negociações, em setembro, os patrões apresentaram uma proposta muito aquém da pauta de reivindicações encaminhada no fim de agosto pelo Sindicato.


De lá para cá, o Sindicato vem promovendo diversas mobilizações, culminando com a realização de assembléias na porta dos estaleiros e demais empresas do setor, nesta semana. “A Firjan propôs 2% e nós queremos 13,9%. E, além, disto, negou todas as demais reivindicações sociais e previdenciárias, como o respeito à emissão dos Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT)”, afirmou Maurício.


Além dos 13,9% de aumento (perdas salariais de um ano, mais aumento real e produtividade), os metalúrgicos querem piso salarial de R$ 1.254,33 e PLR. E a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário e o fim do assédio sexual e do assédio moral.