Trabalho infantil
O aumento do trabalho infantil foi um dos assuntos em destaque no fim de semana. Continuam, também, as especulações sobre o retorno do senador Leomar Quintanilha (PCdoB) ao PMDB. Veja a resenha feita por Carlos Pompe
Publicado 09/10/2006 10:54 | Editado 04/03/2020 17:23
Jornal do Tocantins
Diminui abstenções O índice de abstenções (eleitores que não compareceram às urnas) no Tocantins teve uma leve queda em comparação a 2002. Dos 882.728 eleitores, 18,20% (160.646) faltaram no dia do voto. Em 2002, esse índice foi de 20,60%. Dos cinco cargos em que o eleitor tinha que votar, o de deputado federal foi o que registrou menor índice de votos brancos e nulos (2,32% e 2,13%, respectivamente). Somados os dois, foram 32.114 votos não válidos (que não entram no cálculo do TRE para apurar o índice de votação dos candidatos). O cargo com maior número de votos brancos e nulos foi o de senador. Foram 15.566 votos brancos e 70.212 votos nulos. Já para Governador, 7.048 eleitores votaram em branco e 53.087 anularam o voto. Para deputado estadual, foram 12.454 votos brancos e 22.434 nulos, enquanto para Presidente, foram 7.063 brancos e 45.551 nulos.
PT tocantinense No Tocantins, o PT não andou, pelo menos ao que se sabe, compactuando com os seus colegas de mensalão, sanguessugas e dossiê. Por outro lado, cometeu uma série de equívocos, muitos deles engolidos de cima para baixo, dizem, como foi o caso da coligação com o PCdoB do senador Leomar Quintanilha
Nova ferrovia para o Tocantins Com um percurso ferroviário previsto de 800 quilômetros, Miracema (TO) a Lucas do Rio Verde (MT), foi aprovado nesta semana o projeto Brasil Central. O projeto, de autoria do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Gregório Rabelo, prevê que o novo ramal, ligado à ferrovia Norte-Sul (em construção já no Tocantins) possibilite o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, hoje o maior produtor deste gênero no País. Segundo informações da ANTT em 15 dias será liberado o edital para licitação do novo trecho.
Aumentam índices do trabalho infantil Depois de 14 anos em queda, número de menores que ajudam no sustento da família volta a crescer e chega a 12,2% no Brasil. A pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês passado, mostra que a taxa estava em queda desde 1991, quando o índice de jovens de 5 a 17 anos de idade que trabalham era de 19,5%. De acordo com a nova pesquisa, esse percentual, que em 2004 estava em 11,8%, subiu para 12,2% em 2005, o que representa um aumento de 0,4%. No Tocantins, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) também confirma aumento no números de meninos e meninas no comércio informal. Em 2005, os profissionais da Ação de Combate ao Trabalho Infantil do Ministério do Trabalho, identificaram, em duas operações no Estado, 47 crianças na informalidade e neste ano, em duas operações, apenas na Capital já foram encontrados 77 meninos e meninas na mesma situação, no Estado este número sobe para 133 (incluindo Palmas). Entre as atividades mais desenvolvidas pelas crianças e adolescentes estão a de engraxate, vendedores ambulantes , feirantes e flanelinhas.
Falta água na CPP A falta de água na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) foi denunciada por um familiar de detento do pavilhão “A”. A falta de água já estaria durando três dias. “Eles (presos) já estão sem beber água há 24 horas”, revelou. Segundo ele, o problema teria sido comunicado por um advogado de detento e a questão já teria sido também comunicada ao Conselho de Direitos Humanos de Palmas (CDHP).
clebertoledo.com.br
Audiência sobre o Plano Diretor A audiência pública sobre o Plano Diretor Participativo (PDP), que teve início na quarta-feira continua nessa terça-feira. No evento, que contou com a participação expressiva de vários segmentos da sociedade civil organizada, serão definidas as normas de uso e ocupação do solo, as áreas urbana e rural, a instalação de equipamentos públicos (saúde, parques urbanos, educação, cultura, lazer); as áreas de moradias populares, de proteção ambiental, de valor histórico cultural e ainda a organização do espaço urbano a curto, médio e longo prazo.
O Globo
Panorama Político ILIMAR FRANCO O PRESIDENTE do Senado, RENAN CALHEIROS (PMDBAL), convidou o senador Leomar Quintanilha (PCdoBTO) para se filiar de novo ao partido.
Correio Braziliense
Golpe na oposição
Os adversários do PT não podem comemorar com euforia o enfraquecimento do PT. Célebres nomes da oposição também perderam força eleitoral. As razões são principalmente políticas. O avanço de adversários em seus estados prejudicou o desempenho de caciques do PFL e do PSDB. O resultado poderá influenciar na posição deles em um eventual mandato de Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB à Presidência da República.
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi um dos maiores derrotados na eleição. Depois de 16 anos, perdeu o controle do governo da Bahia, com a derrota de Paulo Souto para Jaques Wagner. Maior líder da política baiana, que hoje tem sob sua influência as três vagas no Senado, ele não conseguiu emplacar desta vez um senador. Seu ex-aliado e hoje adversário João Durval (PDT) venceu a disputa contra o apadrinhado de ACM, Rodolpho Tourinho (PFL).
Entre os tucanos, a lista de derrotados é ainda maior. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disputou o governo do estado apenas para montar um palanque tucano para Alckmin. Mas seu desempenho sofrível chamou a atenção e fragilizou a posição do presidenciável do partido no Amazonas, onde Lula teve 78% e Alckmin, 12%. Na corrida local, Virgílio chegou em terceiro lugar, com modestíssimos 5,51% dos votos. “Eu sabia que não ganhava. Minha candidatura era para mostrar uma opção diferente de poder. Fiquei firme e tenho certeza que fiz a coisa certa”, argumenta o senador, que volta para o Senado menor do que saiu para a campanha.
Tucanos
Problemas decorrentes da campanha também não faltam para o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE). Ele brigou com o governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), que foi derrotado, e presenciou a fratura do PSDB no estado. Mantém vínculos estreitos com o grupo do governador eleito, Cid Gomes (PSB), mas terá trabalho para reconquistar o comando da política cearense nos próximos anos. Também é do grupo de Cid e do deputado eleito Ciro Gomes o novo senador do Ceará, o comunista Ignácio Arruda (PcdoB).
Outra grande derrota no ninho tucano foi do grupo político do senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO). Ele não conseguiu renovar o mandato para o Senado e seu pai, Siqueira Campos, perdeu a eleição para o governo de Tocantins. A família era, até agora, a maior força política do estado, que foi criado por Siqueira Campos pai. O senador atribui a derrota ao uso da máquina pelo governador reeleito Marcelo Miranda (PMDB). “Foi uma luta desigual. Não tem como competir com um governo que nomeia milhares de pessoas durante a eleição e distribui benefícios”, justifica.