Reservas do país batem recorde e já cobrem dívida externa

As reservas internacionais do Brasil atingiram o maior volume de toda a sua história: US$ 74,954 bilhões na posição de sexta-feira, informou nesta segunda-feira (16) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a 46ª Assembléia Geral da Federação Mundial

De quinta para sexta, houve uma evolução de US$ 617 milhões nas reservas internacionais. Parte desse acréscimo deve-se à liquidação do equivalente a US$ 300 milhões captados pelo Tesouro Nacional na semana passada com a emissão do Global BRL 2022.



Compras maciças do Banco Central (BC) no mercado de câmbio à vista têm contribuído para esse acúmulo. O Tesouro Nacional também ajuda nesse movimento, ao comprar dólares diretamente no mercado para pagamento de dívida externa pública, por meio de contratos para liquidação de vencimentos em até seis meses à frente.



Mantega ponderou, no entanto, que em 1998 a dívida externa da União era de US$ 76 bilhões, valor que não poderia ser integralmente coberto pelas reservas. Segundo ele, a dívida externa líquida da União somava, em agosto último, US$ 63 bilhões (R$ 135,659 bilhões).



Questionado sobre o crescimento dos custos de administração das reservas, Mantega explicou que são compensados pelo risco-país, que cede à medida que as reservas sobem. Assim, o governo paga menos juros em suas captações no exterior, o que cobre, segundo ele, o aumento de cursos na gestão das reservas.