Veto dos EUA impede venda de aviões espanhóis à Venezuela

A empresa espanhola Casa (Construcciones Aeronáuticas SA) teve de cancelar na semana passada uma venda de 12 aviões para o governo da venezuela, devido a um incipiente bloqueio econômico antibolivariano impulsionado pelo governo dos Estados Unidos. Washin

O ministro espanho, do exterior, Miguel Angel Moratinos, disse que a Casa chegou à conclusão de que as exigências estadunidenses inviabilizavam o negócio. “Não é nada vde mais, perdeu-se a oportunidade de uma empresa espanhola vender 12 aviões”, comentou.



Os aparelhos que tiveram a venda cancelada eram dez C-295 de transporte e dois CN-235 de vigilância marítima. A Casa ainda buscou alternativas de transferência de tecnologia sem influir firmas americanas, mas concluiu que o veto de Washington inviabilizava a transação. Mantém-se, porém, a encomenda de oito lanchas de patrulha feitas pela Venezuela à empresa Navantia, também espanhola.



O bloqueio antivenezuelano por parte do governo dos EUA está longe de se comparar ao que vigora há 44 anos contra Cuba. A Venezuela continua a ser um fornecedor privilegiado de petróleo para o vizinho do norte, que consome 75% de suas exportações. Apesar da hostilidade política Bush-Chávez, o negócio se mantém por ser mutuamente vantajoso, já que a proximidade geográfica reduz os gastos de transporte.



Mas Washington se empenha com energia crescente em dificultar as importações venezuelanas destinadas à defesa. Três meses atrás, a diplomacia estadunidense se mobilizou para tentar impedir a venda de 30 mil fuzis russos Kalashnikov ao exército da Venezuela. A pressão terminou fracassando: os fuzis foram entregues e o contrato com a Rússia prevê a transferência de tecnologia para que a Venezuela possa produzir essas armas e suas munições em duas fábricas.



Com agências