Oito petrolíferas ainda rediscutem contratos com a Bolívia

Poucas horas antes do fim do prazo estipulado pelo governo da Bolívia para as petrolíferas assinarem novos contratos, apenas duas empresas já o fizeram e outras oito parecem dispostas a negociar até o último minuto, entre elas a Petrobras e a Repsol-YPF,

As conversas recomeçaram neste sábado (28/10) nos escritórios da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) com executivos da Petrobras, da Repsol YPF, da British Gas (BG) e da Chaco, filial da British Petroleum.



O prazo para a assinatura dos acordos termina à meia-noite deste sábado, segundo o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos assinado pelo presidente Evo Morales em 1º de maio de 2006. A resolução diz que as companhias petrolíferas que não chegarem a novos acordos no âmbito da nacionalização terão que abandonar suas operações em território boliviano.



Na sexta-feira à noite, a franco-belga TotalFinaElf e a americana Vintage, filial da Occidental (Oxy), assinaram seus respectivos contratos, em um ato no qual Morales pediu que as outras companhias respeitassem as decisões de seu governo. Depois da assinatura dos acordos, as negociações continuaram com os executivos da Petrobras.



O contrato proposto às petrolíferas estrangeiras estabelece basicamente que a estatal YPFB assumirá o controle dos hidrocarbonetos e que os equipamentos e instalações adquiridos para suas operações serão do Estado assim que ingressarem no país.



Além disso, determina que as arbitragens em caso de controvérsia serão realizadas na Bolívia, na sede da YPFB, e estipula a renúncia a reivindicações posteriores, inclusive por via diplomática.