Equador: Segundo turno define panorama político do país

A 13 dias do segundo turno das eleições presidenciais, o panorama político equatoriano para o próximo mandato já está definido, seja quem for eleito pela maioria da população.

Os principais partidos políticos e suas lideranças, movimentos sociais, personalidades e setores de grande influência junto aos equatorianos já se manifestam em prol do progressista Rafael Correa ou então do empresário Alvaro Noboa.



As duas opções que se apresentam à população são absolutamente antagônicas, cenário semelhante ao de outros países da região,  nos quais candidatos progressistas conseguiram se eleger ou ao menos firmar sua posição perante as forças conservadoras.



Apesar desse antagonismo, é possível dizer que foi o candidato da direita quem conseguiu atrair mais apoios para sua campanha no segundo turno. Pesquisa do Instituto Gallup publicada em 8 de novembro aponta que Noboa teria 59% dos votos, contra 41% de Correa –  no primeiro turno, a diferença entre ambos foi de apenas 4%.



Apoios e discursos
Noboa conquistou o apoio formal de dois dos principais partidos do Equador: o PRE, de Leon Roldos, e o PSC, de Cynthia Viteri, candidatos derrotados no primeiro turno. Dirigentes da Sociedade Patriótica também têm pedido para seus partidários votarem no candidato da direita.



Correa, por sua vez, tem o apoio maciço das entidades de trabalhadores de todo o país, assim como de importantes movimentos sociais e de parte expressiva dos universitários. Sua campanha, no entanto, ainda não conseguiu penetrar em setores fundamentais da sociedade, como a classe média.



A campanha de Correa tem se esforçado em demonstrar aos equatorianos os riscos que o país poderá correr com a eleição de Noboa. Assim como nas eleições brasileiras, a questão das privatizações tem estado na ordem do dia no Equador, mas até o momento o candidato conservador tem conseguido manter Correa a uma distância segura, graças principalmente a um discurso que privilegia a geração de empregos.



As eleições estão marcadas para o dia 26 de novembro. O vencedor assumirá o cargo em 15 de janeiro e seu mandato terminará em 2011.