PCdoB: novos e atuais parlamentares traçam estratégia de ação

Em reunião da bancada – de novos e atuais parlamentares -, na noite desta segunda-feira (13), a cláusula de barreira foi o a


No segundo momento da reunião, coube ao secretário de Organização, Walter Sorrentino, dá as boas vindas aos novos parlamentares. Ele apresentou as normas de funcionamento do Parlamento as e exigências no desempenho do mandato parlamentar, destacando “os direitos e deveres que precisam ser observados para melhoramento da atuação da bancada”.


 


Em seguida, houve debates entre os parlamentares, com a presença de todos, a exceção do deputado recém-eleito do Piauí, Osmar Júnior, que não compareceu por problema de doença. Conduziram os trabalhos da mesa, além dos dois dirigentes partidários, o líder do Partido na Câmara, deputado Inácio Arruda (CE), eleito senador; Jô Morais (MG), representando os novos deputados e a deputada Jandira Feghali, campeã de votos do Partido na disputa para o senado no Rio de Janeiro.


 


Renato Rabelo anunciou a realização de um ato político, no próximo dia 29 de novembro, quarta-feira, no Congresso nacional, em Brasília, que terá como mote a reforma política democrática e a garantia do pluralismo partidário no Brasil.


 


O dirigente comunista disse que o ato deve reunir parlamentares e pessoas influentes, como o jurista Wanderley Guilherme, que é contrário a cláusula de barreira. O ato representa o primeiro evento, que será desdobrados em outros estados, “para fazer a disputa de idéias que fazem parte do Memorial encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal)”, disse Renato Rabelo.


 


Três frentes


 


“Elegemos 13 deputados federais e obtivemos a quinta maior votação no Senado. O PCdoB sempre teve uma posição afirmativa, não vai desaparecer porque tem uma ideologia, seu programa, é uma corrente internacional, por isso não aceita fusão, porque essa é a questão fundamental”, destacou o Presidente do Partido.


 


A estratégia do Partido para enfrentar a cláusula de barreiras, que entra em vigência em 2007, é atuar em três frentes – no plano do Congresso Nacional, do STF e da opinião pública.


 


Renato Rabelo avalia que “não vai ser fácil, nem simples, porque foi criada a idéia e disseminada junto á opinião pública de que as cláusulas são aperfeiçoamento no sistema de representação, para acabar com os partidos de aluguel e garantir a governabilidade”, explica. Mas acrescenta que “é um paradoxo que a vigência plena ocorra num momento em que o País está mais democrático”.


 


Saída política


 


A reunião serviu também para o debate sobre as expectativas para o segundo mandato do Presidente Lula. Renato Rabelo acredita que Lula pode fugir da maldição do segundo mandato, que costuma ser pior que o primeiro. Para ele, “a saída é principalmente política, porque o dinheiro gira na esfera financeira e ninguém quer sair da especulação para empregar na produção. E, baixando juro, vai ter que fazer enfrentamento”, afirma. Ele lembrou que em três meses de queda de juro, o Banco Itaú já perdeu um bilhão e 200 milhões de reais.


 


Os comunistas avaliam ainda que os compromissos assumidos para esse segundo mandato estão em um programa que deve ser aplicado, e que é o programa do desenvolvimento. “Não existe mais Carta aos Brasileiros, do primeiro mandato, que era o compromisso com esses setores, de honrar os contratos havidos. Agora nós não temos mais Carta aos Brasileiros”, enfatizou Renato Rabelo.


 


Novos e atuais


 


Estiveram presentes à reunião os senadores atual Leomar Quintanilha (TO) e eleito Inácio Arruda (CE); os novos deputados Manuela d´Avila (RS), Jô Morais (MG), Chico Lopes (CE), Flávio Dino (MA) e Edmilson Valetim (RJ) e os atuais que foram reeleitos Perpétua Almeida (AC); Vanessa Grazziotin (AM); Alice Portugal e Daniel Almeida, ambos da Bahia; Renildo Calheiros (PE); Evandro Milhomem (AP).


 


Também participaram da reunião os atuais deputados Jandira Feghali (RJ) e Agnelo Queiroz (DF) que disputaram as eleições para o Senado e não se elegeram, “mas lutaram o bom combate”, destacou Sorrentino, lembrando a votação expressiva que os dois obtiveram nas urnas.


 


O deputado Aldo Rebelo (SP), presidente da Câmara dos Deputados, não compareceu porque estava no exercício da Presidência da República.


 


De Brasília
Márcia Xavier