Cuba financia alfabetização de 15 mil adultos em Guiné Bissau

A campanha, que terá duração de quatro meses, é a primeira etapa do programa “Sim, eu posso”, destacou a diretora do departamento de Alfabetização e Educação Não Formal, Francisca Medina Dabo.

Até o momento, foram instaladas oito salas de aula equipadas com material audiovisual em três regiões “pilotos”: Bissau, Cacheu (norte) e Bafata (leste).

Na segunda etapa, de três anos de duração, serão habilitadas 80 salas de aula nas oito regiões do país. O programa cubana já vem demonstrando excelentes resultados em países da América Latina, como Venezuela e Bolívia.

“Nosso objetivo é erradicar o analfabetismo em nosso país”, declarou Medina Dabo. O custo global do programa, financiado inteiramente pelo governo cubano, não foi revelado, segundo o embaixador deste país em Bissau, Pedro Doña Santana.

A iniciativa “faz parte da cooperação entre os dois países, sobretudo em matéria de educação”, uma colaboração que já permitiu a cerca de 60 médicos e docentes cubanos trabalharem no país africano, disse Santana.

Segundo dados oficiais, de uma população de cerca de 1,6 milhão de habitantes, mais de 70% não sabem ler nem escrever, e somente 10% têm alguma formação.