Negros são homenageados na ALE/AM  

Ontem pela manhã, no plenário Ruy Araújo, da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, representantes de entidades do movimento negro participaram de uma solenidade que chamou a atenção de quem estava presente.

 


Vestidos com indumentárias umbandistas e de capoeira, representantes de entidades do movimento negro tiveram um espaço para lembrar a passagem do dia da Consciência Negra, comemorado na última segunda-feira, dia 20. A solenidade aconteceu ontem pela manhã, no plenário Ruy Araújo, da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas e chamou a atenção de quem estava presente.



José de Ribamar da Silva e Luiz Alberto Júnior, moradores do bairro Praça 14, na Zona Sul, considerado o berço do samba manauense, tocaram as canções Ave Maria e Brasileirinho no cavaquinho para dar início à sessão especial. O som animou a platéia presente. Ao longo da sessão, que durou aproximadamente quatro horas, os integrantes da negritude amazonense jogaram capoeira, cantaram e dançaram.



De autoria do deputado Eron Bezerra (PCdoB), a homenagem é celebrada todos os anos na Casa Legislativa. “Inegavelmente, o movimento pela igualdade racial – em particular o movimento negro – está situado entre os mais importantes de nosso país. Até porque, a luta pela superação das desigualdades sociais entre negros e brancos na sociedade brasileira é um elemento constitutivo do movimento negro desde os tempos da escravidão”, afirma o parlamentar.



Eron destacou os avanços que a causa conquistou durante o governo Lula. Falou sobre as cotas em universidade e sobre o Prouni. “É hipocrisia dizer que vai ter igual competição entre desiguais”. O parlamentar usou como exemplo a recente pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que constatou que os negros e pardos ainda recebe menos que os brancos. “Acredito num mundo junto onde homens e mulheres possam ser tratados igualmente, independente de sua cor”, disse Bezerra.


 


De Manaus,
Mariane Cruz