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Jovens cientistas do PCdoB destacam-se no Congresso da ANPG

Por Sílvia Sarzano e Luciano Rezende Moreira *



Na 20ª edição do Congresso Nacional de Pós-Graduandos (23 a 26 de novembro), uma nova direção assumiu a frente da ANPG. Cerca de 150 delegados elegeram Luiza Rangel, comunista da  Universi

Quem chegasse ao auditório do departamento de direito da UFMG em Belo Horizonte no último dia 25, mesmo sob o ruído dos gritos e som das buzinas do escarcéu promovido pelos atleticanos que tomaram as ruas da capital mineira em comemoração ao merecido titulo de campeão brasileiro da série B, era capaz de se concentrar ao debate promovido por pouco mais de uma centena de jovens cientistas. Em uma das discussões, era fervorosa a defesa da quebra de quaisquer limitações à realização de pesquisas na área de tecnologias sensíveis, como a nuclear, cujo desenvolvimento nos países do chamado “terceiro mundo” encontra-se cada vez mais sujeito às restrições, inibindo o desenvolvimento de setores inteiros da indústria nacional.




Essa é apenas uma de outras tantas cenas emblemáticas que ajudam a ilustrar bem o que foi o Congresso Nacional de Pós-Graduandos, já em sua 20ª edição, que contou com grande presença dos jovens cientistas do PCdoB e da UJS.




Em clima de muita unidade e com espírito combativo para enfrentar o próximo período para concretizar as propostas aprovadas pelas 28 Associações de Pós-Graduandos (APGs) de todas as regiões do Brasil presentes ao evento, os quase 150 delegados e observadores que estiveram no congresso elegeram a comunista Luiza Rangel, da Universidade Federal de Goiás (UFG), presidente da ANPG e a nova diretoria que conduzirá a entidade máxima nacional dos pós-graduandos no próximo ano.




Foram eleitos para os 20 cargos que compõem a diretoria da ANPG representantes de universidades como a Federal de Viçosa (UFV), a Federal de Goiás (UFG), a Universidade de Brasília (UnB), a Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade de São Paulo (USP), a Católica de Salvador (UCSal), a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a Federal de Campina Grande (UFCG), a Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade de Campinas (UNICAMP) e a Universidade de Franca (UNIFRAN), o que confere um caráter ainda mais representativo à ANPG.




Novas perspectivas





Certamente, a nova direção terá grandes desafios pela frente. E será necessário muito empenho pra levar adiante as propostas aprovadas pelo conjunto de pós-graduandos que debateram e apontaram perspectivas que vão desde a conjuntura política internacional com ênfase na moção pela retirada das tropas estadunidenses do Iraque, passando pela conjuntura nacional com foco no programa de mudanças para o próximo período e mudanças na política econômica, até aos pontos específicos sobre educação, C&T e pós-graduação, que foram contemplados com resoluções pela diminuição das assimetrias cientificas, mais e melhores bolsas, uniformização das taxas de bancada, descontingenciamento dos fundos setoriais, regulamentação dos mestrados profissionais, definição dos cursos de lato-senso como formação continuada e mais de uma centena de outras deliberações (ver na íntegra no final do texto).




Mas o melhor voto dos pós-graduandos presentes ao Congresso da ANPG foi o sufrágio pela unidade e representatividade configurado na eleição de uma nova direção que ganhou contornos de coalizão com todas as APGs presentes, apesar das divergências que se mostraram saudáveis e que assim ajudam a dinamizar e mover o Movimento Nacional de Pós-graduandos cada vez mais à frente. Nesse congresso prevaleceu o consenso em detrimento do dissenso. Com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário, a nova diretoria da ANPG nasce fortalecida no binômio unidade/luta pra ser capaz de cumprir com seus desafios delegados pelos pós-graduandos.




Estiveram presentes ao Congresso representantes das seguintes instituições: UMA-BH, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), UFCG, UCSAL, UFAM, Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Santa Cecília (Unisanta), de Santos, UFSC, Universo (GO), USP, Universidade Federal do Paraná (UFPR), UFRJ, UNIFRAN, Universidade Federal Fluminense (UFF), UnB, Universidade Estadual de Goiás (UEG), UFLA, União das Faculdades Alfredo Nasser (Unifan), de Goiás, UFV, PUC-SP, UFMG, UNICAMP, UFG.




*Sílvia Sarzano é diretora de Comunicação da ANPG eleita; Luciano Rezende Moreira é da Executiva Nacional da UJS.