Alencar defende democratização do Conselho Monetário Nacional
O vice-presidente José Alencar somou-se nesta terça-feira (5) às centrais sindicais e outros setores que defendem a democratização do Conselho Monetário Nacional (CMN). ''O que está errado? Quem estabelece a política monetária é o Conselho Monetário Nacio
Publicado 05/12/2006 16:33
Durante o governo passado, o órgão foi reduzido para apenas três membros, os ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente do Banco Central. O órgão define as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia, sendo hierarquicamente superior ao Copom, que fixa a taxa de juros. Alencar fez as declarações no Palácio do Planalto, após audiência em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu dirigentes do PRB.
Segundo o vice, o CMN deveria ser integrado também por representantes dos ''setores de atividades que são componentes da economia, os setores primário, secundário e terciário.'' Alencar disse que acha necessária ainda a participação no CMN de representantes de cada uma das regiões geográficas do País, que levariam para o Conselho informações ''para garantir um melhor aproveitamento das potencialidades econômicas de cada região''.
''Um dos cortes é o do meu aparato''
Alencar defendeu também uma redução dos gastos da administração pública, especialmente as despesas do ''aparato'' da vice-presidência da República. Ele deu como exemplo seu próprio caso: ''Vou a São Paulo amanhã e gostaria de ir sozinho, ficaria satisfeito e feliz. É preciso fazer cortes. Um dos cortes é o do aparato que me acompanha.''
O vice-presidente mencionou, também como exemplo, a viagem que fez a Nova York, recentemente, para a cirurgia de retirada de um tumor no abdome: ''Não precisava daquele aparato. Fiquei honrado de ser acompanhado por eles (assessores e seguranças), mas não precisava. O governo não pode ser transigente com gastos supérfluos.''
Da redação, com agências