Vendas e horas trabalhadas em outubro batem recorde de 2006
Tanto as vendas como as horas trabalhadas pela indústria brasileira em outubro apresentaram as maiores taxas de crescimento deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2005: 10,74% e 6,02% respectivamente. “O aumento da atividade industrial em 2006 foi ex
Publicado 05/12/2006 15:31
A expansão de 10,74% nas vendas foi a maior já registrada desde novembro de 2004, segundo a CNI. A taxa acumulada do ano se manteve modesta: 1,43%. Mas registrou considerável alta em relação aos 0,38% do acumulado até setembro.
“A geração de emprego é o destaque entre os indicadores da indústria de transformação em 2006. Em outubro, o indicador dessazionalizado de emprego na indústria ampliou-se em 0,53%, relativamente a setembro. O total de pessoas ocupadas aumentou 3,28% na comparação com outubro de 2005. Na média dos dez primeiros meses de 2006, em relação ao mesmo período de 2005, o emprego elevou-se em 1,88%”, diz a publicação da CNI, Indicadores Industriais.
A utilização da capacidade instalada ficou em 81,8% em outubro em termos dessazonalizados, ante 82,2% em setembro. Em outubro de 2005, a utilização da capacidade instalada era de 81,4%. A CNI avalia que “não há sinais, portanto, de riscos de gargalo no aumento da produção dos próximos meses”.
“Um quarto trimestre melhor”
O economista Paulo Moll, da CNI, destacou que o aumento das vendas reais e das horas trabalhadas na produção é um bom indicador para o que se espera para o final do ano. “As vendas e a produção industrial sinalizam que as encomendas que vieram do varejo foram boas e é o que se espera para o varejo no final do ano. Também devemos ter um quarto trimestre melhor que os outros trimestres do ano”, avaliou Moll.
O coordenador da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo, alertou, no entanto, que, para que haja uma mudança no patamar de crescimento econômico do País, é preciso que se mude também o nível de investimento. “O motor do crescimento no longo prazo depende de um nível de investimento mais alto”. O dirigente patronal pressionou no sentido de uma reforma tributária e disse que sem ela haverá apenas pequenos ganhos, “mais do mesmo”.
Com CNI e agências