Paulinho da Força Sindical e mais 11 responderão por estelionato

A Justiça Federal em Ourinhos (SP) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República e abriu processo contra o deputado federal eleito Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP) —presidente da Força Sindical. Ele e mais 11 pessoas são acu

Segundo a denúncia da PGR, os acusados obtiveram, indevidamente, mediante atos fraudulentos, R$ 2,859 milhões em recursos federais do Ministério do Desenvolvimento Agrário, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, para um projeto de reforma agrária considerado inviável técnica e economicamente.


 


O advogado da Força Sindical Antônio Rosella afirmou que o presidente da entidade não foi notificado da denúncia e nem do inquérito sobre o assunto. Segundo ele, caso Paulinho seja notificado, a ação deve ser encaminhada diretamente ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo fato dele ter foro privilegiado.


 


Além de Paulinho, são acusados seu assessor, João Pedro de Moura e o ex-prefeito de Piraju (SP), Maurício de Oliveira Pinterich (atual subprefeito do Butantã, em São Paulo), presidente da Amvapa (Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema).


 


A procuradoria acusa os envolvidos na fraude de forjarem documentos para iniciar um projeto previsto no PRF (Programa de Reordenação Fundiária), que tinha a Força Sindical como unidade técnica responsável. Segundo os procuradores, os acusados superfaturaram em 77,3% o preço de uma fazenda em Piraju, comprada para assentar trabalhadores rurais. Eles também teriam induzido agricultores a formarem uma associação, que aprovou a a compra da fazenda.


 


Segundo a PGR, além da ação criminal, tramita na Justiça Federal de Ourinhos, contra os mesmos acuados, ação de improbidade administrativa desde 2002. Nove deles tiveram decretada a indisponibilidade e o seqüestro dos bens numa ação cautelar.
 


Fonte: Última Instância