Hamas e Fatá entram em acordo para cessar violência

Os dois principais líderes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) fizeram um apelo para colocar um fim aos seguidos conflitos entre palestinos ocorridos nos últimos 15 dias. “Nosso povo deve estar unido contra a ocupação israelense”, disse o premiê Ismail

Seis pessoas morreram e 18 ficaram feridas hoje nos conflitos entre o Hamas e o Fatá na Cisjordânia e Faixa de Gaza, elevando o saldo de vítimas fatais para 15 desde o início das tensões, na semana passada.


 


Os conflitos entre os dois principais grupos palestinos começaram na semana passada, depois do assassinato dos três filhos de um chefe do serviço de inteligência da Fatá. Eles se intensificaram no sábado, quando Abbas anunciou a convocação de eleições antecipadas — o que implicará na dissolução do gabinete de Haniye.


 


O Hamas diz que a decisão foi um golpe contra o seu governo, eleito em janeiro e empossado há 9 meses, após a vitória sobre o Fatá nas eleições parlamentares. Abbas alega que essa era a “única alternativa”, já que as negociações para formar um governo de coalizão no qual o Fatá estaria incluído chegaram a um impasse, no mês passado.


 


O rei Abdullah II, da Jordânia, se ofereceu hoje para mediar o debate entre o Hamas e o Fatá. À noite, um alto funcionário das forças de segurança palestinas disse que os dois grupos já teriam concordado em retirar suas forças das ruas.


 


Culpa dos EUA


 


Apesar de pedir para que as diferenças entre palestinos sejam resolvidas com diálogo, Haniye, em discurso na televisão, criticou Abbas e denunciou os EUA de estarem por trás das novas eleições. “Há uma decisão não declarada de derrubar o nosso governo — e os americanos estão por trás dela”, apontou o premiê.