Lula defende candidato único da base aliada à presidência da Câmara

Em meio à disputa na base aliada do governo para a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que vai tentar convencer os partidos aliados a lançarem um único candidato na disputa.

O PT já lançou o nome do deputado Arlindo Chinaglia (SP) na disputa, enquanto o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), também articula nos bastidores sua reeleição. O PMDB, que formalizou o ingresso na base aliada do governo nas últimas semanas, também já anunciou que deve lançar candidato na disputa, mas não definiu ainda o nome.


 


Apesar de tentar unir os aliados, Lula disse que não poderá “dar palpite” nas ações partidárias. “Eu só quero chamar as pessoas à responsabilidade. Vamos conversar com os candidatos da base, eu gosto muito do Aldo e do Chinaglia”, disse.


 


Lula reagiu bem-humorado ao ser questionado se apóia Aldo ou Chinaglia –uma vez que os dois candidatos garantem ter o apoio do petista. “Todo candidato diz que tem apoio de todo mundo. Uma vez um deputado que concorria à vaga de ministro do Tribunal de Contas da União disse que tinha apoio de 295 deputados e eu perguntei para ele: você acha que todo mundo falou a verdade?”, afirmou.


 


Conselho político


 


O presidente disse que aguarda a proposta de funcionamento do conselho político para discutir como será sua relação com os partidos que decidiram integrar a coalizão do governo.


 


Lula reconheceu, no entanto, que não manteve no primeiro mandato um amplo diálogo com os aliados no Congresso. “Quero me reunir mais com presidentes de partidos e líderes na Câmara. Para o deputado, é importante conversar com o presidente”, afirmou.


 


Imprensa


 


Além de melhorar o relacionamento com parlamentares, Lula disse estar disposto a também modificar o tratamento do governo com a imprensa no segundo mandato. Nos primeiros quatro anos de governo, o presidente recebeu críticas sobre o seu relacionamento com a imprensa, mas hoje garantiu estar disposto a promover mudanças.


 


“Eu sou muito bem tratado e preciso retribuir o relacionamento cordial. Que 2007 seja o ano da imprensa. Eu espero me educar para ter outro relacionamento com a imprensa”, afirmou.


 


Fonte: Folha Online