Após posse Déda faz discurso em praça pública

Mais de 10 mil pessoas, esperavam anciosos o primeiro discurso do novo Governador de Sergipe, em praça pública.

Após a posse e a transmissão do cargo pelo ex-Governador, Déda dirigiu-se a praça Fausto Cardoso, onde os militantes e a população o esperava ansiosamente.



Na ocasião, os manifestantes ouviram atentamente o discurso com fervorosos aplausos. ''Meu patrão é o povo, são vocês que pagarão o meu salário e é a você que devo satisfação. Por isso vigiem o governo, cobrem do governador e não deixem que eu mude. Vocês me colocaram aqui para que eu mude o poder e não para que o poder mude Marcelo Déda'', analisou. ''Quando eu errar, corrijam-me e me ajudem a honrar o Estado e a defender o povo''.



Marcelo Déda prometeu se dedicar ao máximo à atividade administrativa e destacou mais uma vez a confiança que deposita em Belivaldo Chagas. ''Do mesmo modo que tive a lealdade de Edvaldo Nogueira  na Prefeitura de Aracaju, terei a lealdade e a amizade de Belivaldo Chagas no Governo do Estado de Sergipe'', ressaltou. ''Que o conflito e a intriga passem longe da sala do vice-governador e do gabinete do governador. Que deixemos a crise no quarto dos inimigos, que deixemos a intriga para quem perdeu o poder. Que deixemos o ódio para quem zombou do amor e deixou de ter fé na fonte absoluta do poder, que é o povo'', completou.



Marcelo Déda voltou a enfatizar sua atenção aos aliados. ''Disse antes e repito: quem comigo lutou, comigo governará'', ressaltou. ''Mas precisamos entender que nenhuma aliança pode me cobrar ou exigir que eu tergiverse com o povo, que eu abra mão dos compromissos populares, que eu descaracterize a mudança, que é a alma desse governo, que eu abra mão da minha luta, do conteúdo essencial da minha biografia política'', analisou. ''Não acredito em partido único, mas creio na liberdade e sou filho da luta pela igualdade. Sou político de esquerda e me orgulho dessa trajetória'', disse.



No pronunciamento, Déda lembrou a história de Sergipe fazendo uma referência de sua trajetória política desde sua militância no movimento estudantil até a criação do Partido dos Trabalhadores. ''Eu tenho orgulho de dizer: eu lutei ao lado do pastor dos pobres D. José Brandão de Castro, o bispo de Propriá, ocupei essas ruas ao lado de Diomedes Santos Silva e do magistério sergipano'', comentou.



Déda também fez alusão à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ''Hoje em Brasília tomou posse pela segunda vez o operário que virou estadista, o filho do Brasil que derrotou o preconceito, o nordestino que mostrou que a nossa gente, quando tem oportunidade, não perde o bonde da história''. E também criticou seu antecessor por não divulgar os recursos que recebeu do governo federal. ''Eu vou mostrá-los. Vou mandar aumentar o tamanho da marca do governo federal nos carros de polícia que Lula mandou para Sergipe. Vou querer que a Caixa Econômica cuide de colocar uma pequena placa na Ponte Construtor João Alves porque R$ 20 milhões para acabar a obra foram enviados por Luiz Inácio Lula da Silva'', explicou.


Déda lembrou ainda que no primeiro mandato de prefeito de Aracaju não mediu esforços de informar à população a origem dos recursos que recebeu do governo federal para execução mesmo sendo adversário do então presidente Fernando Henrique Cardoso. ''Eu registrei, contei para o povo e até convidei ministros dele para vir inaugurar as obras''.


 


 


Com agências