Brasil e Argentina terão moeda comum para suas transações

Brasil e Argentina deverão adotar, já em meados deste ano, suas moedas locais para as transações comerciais entre os países. A informação é do Banco Central, que realiza no início de fevereiro uma reunião técnica com Buenos Aires para tratar dos últimos d

O assunto foi tratado nesta quinta-feira, durante a 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul. Apesar de os dois maiores países do bloco se mostrarem dispostos a deixar de utilizar o dólar como moeda corrente em suas transações, os governos do Uruguai e do Paraguai preferem inicialmente apenas observar os efeitos que tal medida causarão a Brasil e Argentina.



O objetivo dos governos é a de reduzir os custos de transação entre os dois países, que não precisariam mais fazer o câmbio em dólar para realizar as exportações e importações. Entre as conseqüências da eliminação do dólar estaria o impacto na mudança da compensação de câmbio, reduzindo os custos nas transações, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Você está diminuindo a intermediação e seus custos: em vez de o cidadão brasileiro trocar Real por Dólar e Dólar por Peso ele vai direto. Isso resulta num fechamento a menos de câmbio e ainda facilita as operações de pequenas e médias empresas”.



Os efeitos nas taxas cambiais também seriam positivos, acrescentou Mantega, ajudando o fortalecimento das moedas locais. “Elas teriam um curso comercial maior. Hoje, com o Real, não é possível fazer transações em outros países. São necessárias moedas fortes. E estaríamos desenvolvendo moedas fortes na América Latina. Entrando menos dólar, Peso e Real também não ficariam tão valorizados”, afirmou.



Da redação, com agências