Correa pede integração, mas descarta aderir ao Mercosul
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou na noite desta quinta-feira (18/1), no Rio de Janeiro, que seu país, por ora, não pedirá para se tornar um membro pleno do Mercosul. “Por enquanto, seguiremos como membros associados”, disse.
Publicado 19/01/2007 12:00
Correa, que fez estas declarações na saída da reunião de presidentes dos países-membros e associados do Mercosul, explicou que, embora não permita desfrutar de todas as vantagens e direitos de um membro pleno, a condição de membro associado não traz todas a reboque todas as obrigações.
“Sempre nos travamos nos aspectos comerciais, que é onde há mais problemas e interesses. Mas há outros aspectos nos quais podemos avançar mais rapidamente”, afirmou.
Infra-estrutura
Entre esses aspectos nos quais é preciso trabalhar mais estão a infra-estrutura e a rede de comunicações da região, disse Correa.
“Como é possível que, para mim, seja mais fácil viajar a Bruxelas do que ao Brasil?”, perguntou, para ilustrar o grande problema de conexões aéreas que existe na região.
Na sua opinião, as questões comerciais deveriam ficar nas mãos do Mercosul e da Comunidade Andina, da qual seu país é membro.
No entanto, o presidente equatoriano disse que é necessário aproveitar as vias fluviais e investir mais em infra-estrutura física, a fim de avançar nesse caminho, no qual todos os presidentes estão de acordo.
Harmonia
Correa disse ter tido uma impressão positiva da cúpula, a primeira da qual participa como chefe de Estado. “A percepção que tenho é que existe um ambiente de harmonia na região neste momento”, declarou.
“Não podemos falar que haja uma integração na América do Sul. O que há é uma vontade política para essa integração. Mas não basta querer, é preciso saber o caminho”, afirmou.
Da redação, com agências