Hillary Clinton entra na disputa da Casa Branca

Um vídeo acessável a partir da primeira página do site (http://www.hillaryclinton.com/) mostra Hillary, descontraída, sentada numa cadeira em um ambiente residencial burguês. “Creio que a mudança vai chegar em 4 de novembro de 2008 (dia da eleição presidencial)”, afirma ela, tendo ao fundo uma foto de seu marido, Bilkl Clynton, que presidiu os EUA de 1993 a 2001.

“Os estragos de George W. Bush”

“É uma eleição importantíssima, com grandes questões em jogo. Como iremos encerrar honradamente a guerra no Iraque? Como garantiremos que cada americano tenha acesso a um sistema de saúde viável? Como assegurar que nossos filhos tenham um meio ambiente limpo e segurança energética?”, indaga a postulante.

Ela promete que, enquanto senadora, vai passar “dois anos fazendo tudo que seja possível para conter os estragos que George W. Bush possa fazer”. “Mas somente um novo presidente será capaz de reverter os erros de Bush e restaurar a esperança e o otimismo”, acrescenta Hillary.

A senadora por Nova York desde 2000, confortavelmente reeleita em novembro passado, anuncia igualmente uma série de chats em vídeo através da internet, com os eleitores, a parir de segunda-feira.

Outros democratas no páreo

Hillary Clynton vem preparando o público estadunidense para sua candidatura à Casa Branca desde a sua eleição para o Senado, seis anos atrás. Ela é considerada como a mais competitiva pré-candidata no campo democrata. Mas vai se deparar, em seu caminho para a indicação pelo partido, com o carismático senador Barack Obama, estrela em ascenção entre os democratas, que anunciou sua candidatura na terça-feira.
Advogada formada em Yale, Hillary pode se tornar a primeira mulher a ser presidente dos EUA. Enquanto Obama, que se pronunciou mais incisivamente contra a ocupação militar do Iraque, seria o primeiro negro.

Hillary foi a sexta postulante democrata a entrar na disputa pela indicação do partido para a corrida presidencial. Além dela e de Obama, os senadores Joseph Biden e Christopher Dodd, o governador da Carolina do Norte, John Edwards, e o ex-governador Tom Vilsack também formaram comitês para administrar suas campanhas. O hispânico Bill Richardson, governador do Novo México, pretende dar esse passo hoje.

Entre os republicanos, um dos nomes mais cotados é o do senador John McCain, que foi derrotado por Bush nas primárias de 2000. Ele deverá enfrentar, entre outros, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e Rudolph Giuliani, que era prefeito de Nova York quando ocorreram os ataques de 2001.

Da redação, com agências