“O capitalismo fede”: protesto antineoliberal precede Fórum de Davos

Centenas de pessoas protestaram neste sábado no centro da cidade de Saint Gall, na parte leste da Suíça, contra o Fórum Econômico Mundial, que ocorre nos próximos dias na cidade suíça de Davos. Os manifestantes vestiam luto, pelos crimes que o capitalismo

Num protesto pacífico, os “cidadãos insatisfeitos” com a ordem mundial reclamou uma “sociedade sem senhores”. Outro grupo, de manifestantes vestidos como escravos, carregava um imenso desodorante onde se lia: “O capitalismo fede”.



O Fórum Econômico Mundial começa na próxima quarta-feira (24) e durará cinco dias. Terá a presença de 400 convidados, entre empresários e governantes de 90 países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente, enquanto enviou o ministro Luiz Dulci para representá-lo na edição deste ano do Fórum Social Mundial (FSM), em Nairobi, Quênia.



A abertura do Fórum de Davos ficará a cargo fa chanceler federal da Alemanha, e presidente da União Européia neste semestre, Angela Merkel. A líder conservadora alemã pedirá uma maior abertura dos mercados mundiais aos investimentos estrangeiros.



Angela Merkel também vai expor a agenda do G8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia) para este ano, em que cabe a ela coordenar o Grupo.
As autoridades suíças prepararam um forte dispositivo de segurança para conter as manifestações. O Fórum de Davos reúne-se desde 1945 e todos os anos vem provocando protestos com participantes de diferentes países, sobretudo europeus. Mais de 500 policiais, afora efetivos do Exército e da Força Aérea Nacional suíça, patrulharão as ruas de Davos durante a reunião, segundo informou o ministro da Defesa.



O Fórum de Davos institucionalizou-se em 1971, como instituição privada com sede em Genebra. Seus debates e conferências visam dar alguma estabilidade à ordem capitalista neoliberal. Seus críticos acusam-no de perseguir apenas formas de aumentar os lucros às custas da superexploração dos trabalhadores e da natureza.