Direita israelense prepara guerra contra o Irã
Políticos e analistas do primeiro escalão das forças de direita em Israel dão a impressão de estarem preparando a opinião pública para um conflito militar com o Irã. Alegam que o presidente iraniano novamente rejeitou as pressões internacionais para refre
Publicado 22/01/2007 16:01
O líder da oposição de direita em Israel, Benjamin Netanyahu, disse em um fórum de segurança, neste domingo (21) em Herzliya, que Estados individualmente poderiam ir além das sanções econômicas decididas pela ONU. Ele argumentou que o primeiro passo seria invocar sanções financeiras contra “genocídio aberto” e “privar o regime do Irã de letimidade através de pressões econômicas e políticas”.
Netanyahu, líder do Likud e conhecido como um “falcão”, agregou: “Ou bem isso deteria o programa nuclear sem necessidade de uma operação militar, ou bem a prepararia. Quando falamos em aliciar a opinião pública para o genocídio, quem haveria de encabeçar a demanda se não nós? Ninguém virá defender os judeus caso eles não se defenderem a si próprios. Isto é uma lição da história”, argumentou.
Em conversa com jornalistas, Netanyahu disse duvidar que o “regime genocida” do presidente Mahmoud Ahmadinejad seja “convencível”. Sua posição foi partilhada por Shmuel Bar, um especialista em Islã do centro de Herzliya. Bar disse que os EUA e o Irã estavam engajados num “perigosíssimo malabarismo político”. Agregou que, vista de Teherã, “a teoria da conspiração indica que os EUA, junto com o Reino Unido e Israel, tomará a iniciativa visando derrubar o regime islâmico, e que isso nada tem a ver com a questão nuclear”.
Teherã não deu sinais de acatar as demandas da ONU para parar com o enriquecimento de urânio. “A resolução já nasceu morta e mesmo que se aprove outras dez isso não afetará a economia ou a política do Irã”, afirmou Ahmadinejad neste domingo, em uma entrevista na televisão.
Com informações do The Independent