Tênis: Chile chora derrota de González no Aberto da Austrália

Apesar de ter apresentado o melhor tênis de sua carreira no Aberto da Austrália, o chileno Fernando González não conseguiu se impor ao “semideus” Roger Federer – que o derrotou na final. O lamento pela perda tomou conta, neste domingo, da imprensa chilena

González, chamado de “Artilheiro de La Reina” (bairro de Santiago onde ele mora) por causa de sua potente direita, perdeu para Federer por 7/6 (7-2), 6/4 e 6/4 na final em Melbourne. “Tínhamos esperanças de presenciar uma rodada heróica, uma façanha esportiva”, escreveu o jornal El Mercurio, em sua página na internet.


 


Mesmo considerando que “Fernando González vinha apresentando o melhor tênis de sua carreira”, o jornal expôs o desapontamento com a derrota: “Ele não conseguiu. Do outro lado estava o que, para muitos, é o melhor tenista de todos os tempos”, assinalou o veículo.


 


Altas expectativas
De fato, antes do duelo com Federer, a imprensa chilena estava exultante diante da possibilidade de uma vitória – e considerava González “um furacão” que varria gigantes do tênis internacional. Às 5h30 de Santiago, os chilenos madrugaram para ouvir por rádio ou ver pela televisão a primeira final de González em um Grand Slam.


 


As esperanças estavam postas. O atleta deixara pelo caminho jogadores de alta categoria como o australiano Lleyton Hewitt (19º jogador mundial), o americano James Blake (5º), o espanhol Rafael Nadal (2º) e o alemão Tommy Haas (12º).


 


Mas “González não pôde com a história”, expressou em manchete o diário La Tercera, referindo-se às nove derrotas, em nove partidas que González exibia até este domingo, quando somou mais uma a favor de Federer.


 


Agradecimentos
A imprensa, contudo, soube reconhecer que, do outro lado da quadra, estava um adversário descomunal. Em seu portal eletrônico, a rádio Cooperativa descreveu Federer, número um do mundo, como “um semideus, um jogador perfeito”.


 


A emissora também agradeceu a González pelas duas semanas “inesquecíveis” para o Chile. “O chileno teve de se conformar em ter no papel sua melhor atuação no torneio – o que lhe permitirá aparecer nesta segunda-feira na quinta posição do ranking mundial”, elogiou o La Tercera.