Tênis: Chile chora derrota de González no Aberto da Austrália
Apesar de ter apresentado o melhor tênis de sua carreira no Aberto da Austrália, o chileno Fernando González não conseguiu se impor ao “semideus” Roger Federer – que o derrotou na final. O lamento pela perda tomou conta, neste domingo, da imprensa chilena
Publicado 28/01/2007 15:36
González, chamado de “Artilheiro de La Reina” (bairro de Santiago onde ele mora) por causa de sua potente direita, perdeu para Federer por 7/6 (7-2), 6/4 e 6/4 na final em Melbourne. “Tínhamos esperanças de presenciar uma rodada heróica, uma façanha esportiva”, escreveu o jornal El Mercurio, em sua página na internet.
Mesmo considerando que “Fernando González vinha apresentando o melhor tênis de sua carreira”, o jornal expôs o desapontamento com a derrota: “Ele não conseguiu. Do outro lado estava o que, para muitos, é o melhor tenista de todos os tempos”, assinalou o veículo.
Altas expectativas
De fato, antes do duelo com Federer, a imprensa chilena estava exultante diante da possibilidade de uma vitória – e considerava González “um furacão” que varria gigantes do tênis internacional. Às 5h30 de Santiago, os chilenos madrugaram para ouvir por rádio ou ver pela televisão a primeira final de González em um Grand Slam.
As esperanças estavam postas. O atleta deixara pelo caminho jogadores de alta categoria como o australiano Lleyton Hewitt (19º jogador mundial), o americano James Blake (5º), o espanhol Rafael Nadal (2º) e o alemão Tommy Haas (12º).
Mas “González não pôde com a história”, expressou em manchete o diário La Tercera, referindo-se às nove derrotas, em nove partidas que González exibia até este domingo, quando somou mais uma a favor de Federer.
Agradecimentos
A imprensa, contudo, soube reconhecer que, do outro lado da quadra, estava um adversário descomunal. Em seu portal eletrônico, a rádio Cooperativa descreveu Federer, número um do mundo, como “um semideus, um jogador perfeito”.
A emissora também agradeceu a González pelas duas semanas “inesquecíveis” para o Chile. “O chileno teve de se conformar em ter no papel sua melhor atuação no torneio – o que lhe permitirá aparecer nesta segunda-feira na quinta posição do ranking mundial”, elogiou o La Tercera.