Carta de um preso político do MST ao PCdoB, à UJS e à CSC

Por André Cintra


O professor universitário Marcelo Buzetto – que está na condição de preso político desde o último dia 19 – recebeu a visita de uma comitiva de dirigentes do PCdoB e da Corrente Sindical Classista (CSC). O encontro ocorreu nesta

Buzetto conversou com a comitiva por meia-hora e, ao fim do encontro, entregou ao grupo uma carta. O texto, escrito a tinta na própria penitenciária, é endereçada a ''militantes e dirigentes do PCdoB'' e ''à militância da Corrente Sindical Classista e da União da Juventude Socialista (UJS)''.


 


No artigo ''Marcelo Buzetto: um preso político brasileiro'', publicado pelo Vermelho na segunda-feira (29), Osvaldo Bertolino descreve as circunstâncias da prisão. ''Ele foi condenado a seis anos e quatro meses de reclusão em regime inicial semi-aberto, e, enquanto não havia vaga, começou a cumprir a pena no regime domiciliar. No dia 19 de janeiro, Marcelo Buzeto foi preso quando compareceu ao fórum, como fazia todos os meses, para cumprir uma determinação da sentença''.


 


Apesar da aparente normalidade, Bertolino desmascarou o contexto da ação contra Buzetto. ''A prisão tem caráter meramente político'', denuncia o articulista. ''A perseguição política a um militante do movimento social retrata, na verdade, um problema de fundo: a forma como a direita encara a disputa ideológica''. (clique aqui para ler o artigo)


 


Na prisão, o professor universitário, formado em História pela USP, já recebeu a visita de militantes sem-terra, dirigentes sindicais e líderes partidários. Buzetto também é membro do setor de relações internacionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do Comitê de Solidariedade a Cuba e à Venezuela.


 


A comitiva desta quarta-feira foi integrada por Nivaldo Santana (deputado estadual, PCdoB-SP), Altamiro Borges (secretário nacional de Comunicação do PCdoB), Augusto Petta (coordenador do Centro de Estudos Sindicais – CES) e Gilson Reis (presidente do Sinpro-MG).