Polícia israelense detém líder do movimento islâmico

A polícia israelense deteve nesta quarta-feira (7/2) o líder do movimento islâmico de Israel, xeque Raed Salah, na entrada da cidade velha de Jerusalém, quando pretendia chegar ao lugar onde estão sendo realizadas as escavações para construir uma rampa ju

O acesso à Esplanada das Mesquitas, chamada pelos judeus de Monte do Templo, lugar onde ficam os santuários muçulmanos de al-Aqsa e Omar, foi restringido hoje pelo segundo dia consecutivo, devido aos temores de distúrbios e protestos contra as novas obras na área.


 


A reconstrução da rampa de acesso à colina de “Haram esh-Sharif”, ou “Nobre Santuário” gerou revolta entre os muçulmanos, que considera as obras uma tentativa por parte de Israel de destruir o terceiro lugar mais importante do Islã, depois de Meca e Medina.


 


O próprio Salah e o líder do Conselho Supremo Muçulmano de Jerusalém, Ikrima Sabri, convocaram os muçulmanos de Israel a viajarem, na sexta-feira, às mesquitas para protestar contra as obras.


 


Após os protestos, a polícia israelense proibiu o acesso a menores de 45 anos às mesquitas. Além disso, judeus e turistas também estão impedidos de chegar ao complexo.


 


O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, advertiu na terça-feira que as obras em torno das mesquitas podem colocar em perigo os esforços regionais de paz e disse que as escavações demonstram as intenções de Israel de destruir os santuários islâmicos.


 


O rei jordaniano Abdullah II também acusou Israel de uma flagrante violação do tratado de paz entre os dois países, assinado em 1994, que reconhece os direitos históricos da Jordânia sobre os santuários venerados pelos muçulmanos em Jerusalém.