Israel prepara plano militar para Gaza

O governo de Israel intensificou sua preparação para uma possível incursão militar em Gaza, por sua preocupação de que a luta entre organizações  palestinas derive em novos ataques ao país, informou o diário israelense Haaretz, que citou altas fontes

Consultado sobre o informe do Haaretz, o diretor geral do Ministério das Relações Exteriores israelense, Aharon Abramovitch, limitou-se a assinalar que “não há dúvidas de que estamos em un período difícil”,  mas indicou que Israel observa a violência e que lhe preocupa o contínuo contrabando de armas em Gaza, assim como os esporádicos ataques com foguetes ao país, não obstante uma trégua declarada no último 26 de novembro.


 


Na noite de quarta-feira (7/2) os movimentos palestinos rivais Hamas e Fatá começaram a acatar, na cidade de Gaza, o cessar-fogo acordado no sábado por seus dirigentes políticos, o segundo decretado em uma semana, se bem que durante o dia houve alguns incidentes isolados. Durante a noite do sábado, dois projéteis de morteiro foram disparados contra o quartel general da guarda presidencial controlada pelo governante palestino, Mahmoud Abbas, próximo a seu escritório.


 


Uma equipe conjunta de ambos movimentos recorreu à cidade de Gaza para solicitar aos homens armados que abandonem suas posições, 11 homens do Fatah e um do Hamas foram liberados, entre os 55 seqüestrados em días recentes na faixa de Gaza, enquanto o resto será liberado nas próximas horas.


 


A chanceler alemã, Angela Merkel, que esteve em Riad (Arábia Saudita) com o rei Abdullah,  considerou que, no contexto do Quarteto de Paz para o Oriente Médio, os europeus podem ter um papel construtivo na região, mas expressou que sem os Estados Unidos e os protagonistas árabes, o conflito entre israelenses e palestinos não poderá ser solucionado.


 


Em sua viagem pelo Oriente Médio, para impulsionar o processo de paz na região, Angela se reuniu antes, em Cairo (Egito), com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e ambos concordaram que há necessidade de estabelecer um plano geral para a região. Consideraram que o conflito israelo-palestino é um fator que está por trás de outros conflitos e, por isso, haverá que concentrar os esforços nele.