BNDES duplica lucro em 2006

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, ano passado, lucro de R$ 6,331 bilhões. “É maior do que a soma dos lucros dos três últimos anos”, destacou o presidente do banco, Demian Fiocca, ao anunciar o resultado. Em 2005,

O resultado, segundo Fiocca, não foi obtido pela cobrança de juros altos sobre os empréstimos. O lucro “veio da venda de ações, graças ao bom momento do mercado, e também da recuperação de créditos que tinham tido problemas no passado”. Fiocca avaliou que o lucro registrado no ano passado significa que o país e as empresas brasileiras estão indo bem. O nível de inadimplência no BNDES caiu 0,7% em 2006, o que favoreceu também o resultado.


 


Dos R$ 6,331 bilhões referentes ao lucro líquido, R$ 3,9 bilhões foram resultado de operações de renda fixa, envolvendo o sucesso na gestão de operações que mostravam problemas. O BNDES conseguiu recuperar crédito de antigas devedoras, destacando a Brasil Ferrovias. Outros R$ 2,4 bilhões se referiram a operações de renda variável.


 


Fiocca informou que a conta de provisão do banco para devedores duvidosos apresentava média anual de R$ 1,743 bilhão de custos negativos entre os anos de 2001 e 2005. Em 2006, o BNDES teve lucro na conta de perdas, isto é, recuperou créditos que superaram novas provisões para inadimplência. O superávit alcançado foi de R$ 1,052 bilhão.


 


“Dos R$ 3,9 bilhões de renda fixa, nós podemos dizer que R$ 2,8 bilhões resultaram de um desempenho excepcional na recuperação de créditos”, afirmou Demian Fiocca. Segundo analisou, essa foi a maior reversão de provisionamento já feita pelo banco.


 


Os ativos totais do BNDES subiram do patamar de R$ 174,9 bilhões em 2005 para R$ 187,5 bilhões no ano passado. Do mesmo modo, o patrimônio de referência evoluiu de R$ 23,5 bilhões para R$ 33,8 bilhões. O aumento de 43,8% do patrimônio de referência  teve expressiva contribuição de R$ 5,3 bilhões de uma operação específica do tesouro Nacional, frisou Fiocca.


 


“O crescimento do patrimônio dá conforto ao banco para realizar todas as suas operações e para continuar desempenhando o papel de fomentador do desenvolvimento nacional. O banco agora está muito mais sólido”, assegurou. O desempenho de 2006, com desembolsos recordes de R$ 52,3 bilhões contribuiu para a rentabilidade de 36,4% sobre o patrimônio líquido médio, contra 21,5% em 2005.


 


Só no mês de janeiro, os desembolsos efetuados pelo banco somaram R$ 4,6 bilhões, mostrando expansão de 88% em relação ao mesmo mês do ano passado. Desse montante, R$ 3,079 bilhões foram destinados ao setor industrial (66% do total) e R$ 947 milhões à infra-estrutura (20%).


 


 
Fonte: Agência Brasil