Iraniano condena “aventuras americanas” no Oriente Médio

O representante do Irã na ONU para discussão do programa nuclear do país, Ali Larijani, condenou os Estados Unidos por “se lançarem em aventuras” no Oriente Médio e se ofereceu para responder a todas as perguntas sobre o programa nuclear do país, alvo

Em declarações ao jornal “Kurier”, dez dias antes do fim do ultimato da ONU (Organização das Nações Unidas) para que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio, Larijani disse nesta segunda-feira (12/2) que os EUA querem mudar a seu favor a situação em algumas partes do mundo.


 


“Há anos (os EUA) afirmam caçar terroristas e atacaram com seu Exército o Afeganistão e o Iraque, mas, por acaso, por isso, terminaram os ataques terroristas, ou diminuíram, ou aumentaram?”, disse Larijani.


 


Sobre a alegação de alguns países ocidentais, que seguem o discurso de Washington, de que Teerã pretende construir armas nucleares, Larijani respondeu que está disposto a responder todas as perguntas formuladas pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei.


 


“Teerã está preparado para diversos cenários frente à possibilidade de que o Irã seja bombardeado, e as reações previstas para este caso seriam dolorosas”, disse Larijani, embora tenha considerado isto pouco provável.


 


Larijani também expressou indignação pelo desejo do Ocidente em privar o Irã de seu direito a dispor de tecnologia nuclear e acrescentou que seu país está disposto a dar todas as garantias de que não se desviará de seu programa para a exploração pacífica da energia atômica para nada.


 


A decisão da AIEA de cortar quase a metade de seus programas de apoio técnico ao Irã obedece à pressão exercida pelo Conselho de Segurança da ONU, denuncia Larijani.


 


Larijani afirma que esse passo desacredita a organização internacional, uma vez que o Irã coopera com ela e assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, algo que Israel não assinou, lembra ele.