Revista americana afirma que Pentágono já tem grupo para atacar Irã

O Pentágono criou um grupo especial para planejar um ataque militar contra o Irã, que entraria em funcionamento 24 horas após receber o sinal verde do presidente americano, George W. Bush, revelou hoje (26/2) a mídia americana.

Na edição que será publicada em 4 de março da revista americana “The New Yorker”, adiantada hoje por diversas mídias americanas, a publicação ressalta que o grupo criado depende do Estado-Maior conjunto dos Estados Unidos.


 


Perguntado sobre a existência do tal grupo, Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, desconversou, dizendo que “os Estados Unidos não devem ir à guerra com o Irã. Sugerir qualquer coisa contra é errado”.


 


A revista, que cita como fonte um alto oficial do Exército, afirma que o grupo especial foi criado há alguns meses planejar a destruição das instalações nucleares iranianas e derrubar o Governo de Teerã.


 


No entanto, recentemente foi encarregado de identificar alvos no Irã que estariam envolvidos em fornecer ou ajudar militantes no Iraque, segundo um assessor das Forças Aéreas e um consultor do Pentágono, citados — sob anonimato — pela The New Yorker.


 


O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, disse no sábado em uma conferência em Sydney, depois de se reunir com o primeiro-ministro australiano, John Howard, que “todas as opções estão sobre a mesa” em relação ao Irã.


 


“Tenho afirmado isso e o presidente também, que todas as opções estão ainda sobre a mesa (…) e ainda está se debatendo qual será o próximo passo”, disse Cheney. Os Estados Unidos, acrescentou, “estão profundamente preocupados” com as atividades do Irã.


 


A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse hoje que o Irã precisa de “um botão para deter” seu programa nuclear, e que estaria pronta para se reunir com membros do governo iraniano se Teerã se submetesse às pressões dos Estados Unidos.


 


Condoleeza estava se referindo a uma frase do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que reiterou que seu país não abandonará seu programa nuclear, ao afirmar que “o trem do desenvolvimento nuclear não tem freio nem marcha à ré”.