Greve em Salvador deixa quase 100% das obras paradas

No quarto dia de greve dos trabalhadores da construção, quase 100% das obras da Região Metropolitana de Salvador estão paradas. Hoje (1º), às 15 horas, aconteceu uma reunião de negociação na sede da DRT (Av. Sete, Mercês), com a presença de dirigentes do

Desde a zero hora de segunda-feira (26), os trabalhadores da construção estão em greve geral, por tempo indeterminado, em virtude do impasse nas negociações com os patrões, que se negam a atender às reivindicações da categoria. 
 


Os trabalhadores reivindicam pisos salariais de R$ 720,00 para Operário qualificado, R$ 434,72 para Ajudante prático, R$ 400,86 para Servente comum e 9% de reajuste para os demais trabalhadores. E também reivindicam itens sociais como: redução do desconto refeição de 10% para 5%, redução do desconto do vale transporte de 6% para 3%, implantação da PLR (Participação de Lucros e Resultados).
 


As negociações da campanha salarial começaram em novembro do ano passado, com o lema “Quem luta conquista”. Foram realizadas diversas reuniões entre patrões e trabalhadores, mas não houve acordo, pois os empresários oferecem apenas 4,5% de reajuste. Além do crescimento do setor em 2006, os trabalhadores têm um forte argumento: o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em janeiro pelo governo federal, e que tem como um dos maiores beneficiários o setor da construção.
 


Desde janeiro, os trabalhadores se mobilizam, construindo a greve geral com diversas paralisações-relâmpago nos canteiros de obras, com 100% de adesão dos operários.
 


A decisão da greve geral foi aprovada por unanimidade em assembléia geral da categoria. E os trabalhadores estão decididos a manter a paralisação, até que suas reivindicações sejam atendidas.