Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres elege representantes da UBM

O Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres (Cedim) elegeu representantes da União Brasileira de Mulheres (UBM) na posse da entidade, ontem, 7, em cerimônia realizada no auditório da Reitoria da UEA. Vanja Andrea, coordenadora da UBM/AM foi eleita conselheira titular e Cristiane Oliveira sua suplente.

De acordo com Vanja Andrea, uma das principais lutas da UBM é a questão da violência doméstica à mulher, e em segundo lugar a saúde, áreas que estão intrinsecamente ligadas. Para ela, o Conselho julga uma função importante em apoio à causa feminina.

''Hoje o Cedim requer efetivação das políticas públicas, como o cumprimento da Lei Maria da Penha, através de delegacias da mulher equipadas, centros de apoio psicológico, juizados especializados''.

Representantes femininas das instâncias políticas local, autoridades militares, religiosas, indígenas e associações feministas compareceram em peso ao evento. Mas protestos velados não faltaram. O Movimento Guerreiras Amazônicas, uma ONG que combate a violência doméstica na zona Leste de Manaus, levantou cartazes protestando a ausência de participação na escolha das representantes do CEDM.

Como representante da Secretaria de Saúde, Heliana Nunes Feijó disse em seu discurso que as diretrizes do Cedim se pautam na fiscalização no cumprimento da legislação que assegura o direito da mulher em todos os aspectos, desde a vida política, educacional, econômica e social.

A conselheira do CMDM, Maria do Socorro Ferreira da Silva ressaltou a atuação da entidade recém-empossada visa trabalhar numa filosofia universal porque os problemas da mulher estão em todo o mundo. ''Temos que trabalhar neste conselho que esteja com a representação nas calhas dos nossos rios, saber o que as mulheres do amazônidas estão sofrendo para que o Conselho não seja um conselho de Manaus''.

Dentre os membros do Cedim foram eleitos seis representantes do governo, como das Secretarias de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), de Assistência Social (Seas), de Segurança Pública (SSP), de Saúde (Susam) e da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM).

A sociedade civil está representada do Conselho pela Articulação de Mulheres do Amazonas (AMA), União Brasileira de Mulheres (UBM), Centro de Assistência ao Desenvolvimento da Mulher – Maria Bonita e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
 
De Manaus
Cinthia Guimarães