Capitais brasileiras protestam contra Bush

Manifestações contra a visita do presidente dos EUA mobilizaram milhares de pessoas nos dias 8 e 9 de março. No Maranhão, até o governador Jackson Lago (PDT), protestou. São Paulo realizaou a maior manifestação que contou com mais de 20 mil pessoas e

Várias cidades brasileiras protestaram nesta quinta-feira (8) e sexta -feira (9) contra a visita do presidente George W. Bush, que foi embora do Barsil hoje (9) para seguir a um tour de seis dias pela América Latina.


 


 


O protesto que atraiu mais gente foi o de São Paulo, onde 6.000 manifestantes saíram em passeata. Ele fecharam uma pista da avenida Paulista, uma das mais importantes da cidade, e entraram em confronto com a polícia. Pelo menos 23 pessoas foram feridas e quatro foram presas.


 


 


Em Belém (PA), os manifestantes usaram um bode para simbolizar a seca do Nordeste. Os trabalhadores fecharam a rodovia BR-101 por duas horas. Um longo congestionamento se formou na região metropolitana.


 


 


Na capital baiana, o protesto ocorreu no centro da cidade. A concentração foi no Campo Grande. De lá, representantes de vários movimentos sociais se juntaram: sem-teto, sem-terra e outros trabalhadores celebraram o Dia Internacional da Mulher e reclamaram da visita do presidente norte-americano ao Brasil. Uma bandeira dos Estados Unidos e um boneco de Bush foram queimados.


 


 


No Recife (PE), estudantes e trabalhadores protestaram conjuntamente. A polícia foi chamada e interditou a rua do consuldado norte-americano, no centro da cidade. Mesmo assim, os manifestantes não desistiram e mantiveram os gritos contra Bush.


 


 


No Maranhão, o governador Jackson Lago (PT), que usava um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) ajudou a enforcar um boneco de Bush. Ele participou de uma manifestação das mulheres do MST de São Luís. O grito de guerra era: ''Fora Bush! Fora FMI!''.


 


 


Em Belo Horizonte (MG), houve empurra-empurra entre policiais e manifestantes. Já em Porto Alegre o protesto ocorreu em frente a uma agência bancária. Cerca de 1.000 mulheres da Via Campesina estavam presentes.


 


 


Ontem, um dia antes da chegada de Bush, uma faixa contra sua visita ao Brasil foi levantada dentro do plenário da Câmara. ''Bush não é bem vindo'', dizia a faixa amarela e preta erguida pelas deputadas Manuela D'Avila (PC do B-RS), Luciana Genro (PSol-RS) e Vanessa Graziotin (PC do B-AM). No mesmo dia militantes do PSOL queimaram um boneco do presidente dos Estados Unidos George W. Bush em frente ao Congresso Nacional.


 


 


Vários líderes do PT, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram durante o dia dos protestos contra o norte-americano.