Israel mantém linha dura com novo governo de unidade palestina

Os ''três princípios'' mencionados são o reconhecimento de Israel, o reconhecimento dos acordos anteriormente firmados entre as duas partes e a renúncia à resistência armada. Eles foram formulados, com apoio da diplomacia dos Estados Unidos, logo após a vitória do Hamas nas eleições palestinas de janeiro de 2006, que deram lugar a um governo composto apenas por esse movimento confessional e simpatizantes.

Segundo David Chater, correspondente da rede de TV Al Jazira em Jerusalém, ''a opinião consensual em Israel é que o Hamas ainda se manteve no governo de unidade, sem renunciar a qualquer aspecto de sua política radical''.

Na União Européia, ''posição positiva''

Os palestinos esperam que o novo governo de coalizão ponham fim ao embargo dos EUA e outras potências ocidentais, imposto desde abril do ano passado, como retaliação à vitória eleitoral do Hamas. Ao anunciar o novo gabilete, o primeiro ministro palestino, Ismail Haniya, adiantou que a União Européia teve uma ''posição positiva'' face à mudança, mas que os EUA e Israel tiveram ''uma atitude diferente''.
Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para fortalecer a unidade nacional, obter uma suspensão do cerco imposto ao povo palestino e incrementar nossas ligações com a comunidade internacional'', disse Haniya.

Ao anunciar  a composição do gabinete, o primeiro ministro também emitiu sinais de boa-vontade, afirmando que ''o governo, por consenso nacional, trabalhará para manter a trégua, e estendê-la até que ela se torne completa, recíproca e sincronizada, em troca de um compromisso de Israel para por fim às medidas de ocupação''. Israel, porém, fez ouvidos de mercador.

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