Comportamento ambígüo do Reino Unido revolta iranianos

Sob pressão dos EUA e aliados para interromper seu programa atômico, o Irã criticou nesta sexta-feira (16/3), a decisão britânica de renovar seu arsenal nuclear, por considerar isso um sério revés aos esforços internacionais de desarmamento.

“O Reino Unido não tem o direito de questionar os outros quando eles mesmos não cumprem suas obrigações”, disse Ali Asghar Soltanieh, representante iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), durante uma conferência.



“Os britânicos não tem o direito de questionar os outros quando eles mesmos não cumprem suas obrigações”, disse o representante iraniano na AIEA.



Graças à ajuda de parte da oposição, o governo de Tony Blair conseguiu que o Parlamento aprovasse na quarta-feira a renovação do sistema Trident de armas nucleares.



Uma ala do Partido Trabalhista, no governo, era contra, argumentando que a preservação do arsenal nuclear passaria era contraditória aos discursos contra países como Irã e Coréia do Norte, que sofrem pressão dos Estados Unidos e aliados por causa de seus programas de energia nuclear.



Mesmo sem qualquer prova que o programa nuclear iraniano seja perigoso, o país sofre sanções da ONU e pode sofrer novas punições nos próximos dias, já que as Nações Unidas apóiam a pressão que EUA e ealiados exercem contra o programa nuclear iraniano.



“É muito lamentável que o Reino Unido, que sempre pede a não-proliferação, não só não tenha desistido das armas como tenha dado um passo sério na direção de desenvolver novas armas nucleares”, disse Soltanieh numa conferência que debatia a decisão relativa ao sistema Trident.