Luta Nacional pelo passe livre também em Manaus

União Nacional dos Estudantes (UNE), União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), União dos Estudantes do Estado do Amazonas (UEE-AM), em parceria com os grêmios escolares, Diretórios Central dos Estudantes (DCEs) e juventudes partidárias realizam o ato de extensão nacional que ocorre nas principais capitais brasileiras.
 
As atividades que iniciaram em fevereiro incluem debates, panfletagens, entradas em salas de aula com um amplo abaixo assinado nas escolas, universidades e terminais de integração conscientizando os estudantes e a sociedade da importância do passe-livre.
 
A luta pelo passe livre é liderada pelo Fórum do Transporte Coletivo da Cidade de Manaus, formado por entidades do movimento estudantil, sindicatos e associações de moradores. A intenção é compreenderem que a luta pelo passe livre não deve ser apenas uma ação do movimento estudantil, uma vez que atinge diretamente a renda familiar mensal de todos os usuários do sistema.
 
O presidente do DCE da Universidade Federal do Amazonas, Bruno Correa destaca a importância do ato: “O dia 22 de março deverá entrar para a história como uma das maiores manifestações que Manaus já viu”. Os estudantes se concentrarão na Praça do Congresso, a partir da nove da manhã, sairão em passeata rumo a Praça da Matriz, no Centro da cidade, tradicional palco de luta dos movimentos sociais da capital amazonense.
 
Hoje em Manaus, todos os estudantes da rede pública e particular têm acesso a 120 meias passagens mensais. No último dia 12 de fevereiro, o vereador Marcelo Ramos (PCdoB), apresentou na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o projeto de emenda à lei orgânica do município, que garante passe livre estudantil a todos os estudantes da rede formal de ensino (básico e superior).
 
No dia da apresentação da proposta cerca de cem estudantes, ocuparam a galeria da CMM, para pressionar os vereadores e expressar a opinião do movimento estudantil sobre o projeto de lei.
 
O diretor da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Yann Evanovick, afirma que já foram coletadas 6 mil assinaturas em 23 escolas públicas das redes municipais e estaduais, além de terminais de ônibus. “Desde a data de apresentação da emenda começamos a desenvolver as atividades nos terminais e a fazer baixo assinado nas escolas. Ainda há muitos questionamentos. A visão dos estudantes é que o empresário custeia a passagem”, ressalta Yann.
 
Até final de março espera-se recolher 10 mil assinaturas para recorrer à Câmara Municipal junto à emenda à Lei Orgânica Municipal apresentada pelo vereador Marcelo Ramos.
 
“Olé, olé, olé, ola, o passe livre eu quero já, sou estudante vou protestar, catraca, catraca, catraca eu vou pular”…
 

De Manaus,
Cinthia Guimarães e Renan Alencar