Lucia Antony reapresenta projeto “Parque dos Orixás” na CMM

Na justificativa do documento, Lucia Antony afirma que a iniciativa é um reparo histórico ao que se pode tipificar “invisibilidade” imposta aos negros e afro descendentes que vivem nesta cidade. “Por volta de 1880, dez por cento da população de Manaus era escrava, e simplesmente a cidade esqueceu essas pessoas. Precisamos buscar meios para corrigir tamanha omissão”, destaca a parlamentar, acrescentando que o Parque dos Orixás pretende ser um local turístico e de lazer para a população local, além de um referencial histórico e cultural.

A vereadora lembra ainda que Manaus não dispõe de qualquer monumento, registro ou museu que seja voltado especificamente à negritude. “Com exceção de bustos de Eduardo Ribeiro, alguns nomes de ruas e avenidas, em mais nada encontramos referência da presença negra na nossa capital. Aliás, as justas homenagens a Eduardo Ribeiro se dão em função de ter sido governador da Província, não pelo fato de ser negro”, salienta Antony.

Para a vereadora a impressão que se tem ao observarmos a nossa história é que não houve escravidão em Manaus, que não sofremos influência da cultura africana e, dessa forma, “nossos afro descendentes não têm referências históricas sobre os seus antepassados e de sua contribuição na construção desta cidade, bem como nas crenças e costumes dos manauaras”.

De Manaus,
Rosângela Alanis