Câmara dos EUA aprova retirada das tropas; Bush vai vetar

A Câmara americana (House of Representatives), de maioria democrata, aprovou nesta sexta-feira (23/3), por 218 votos a 212, a retirada total das tropas dos EUA do Iraque até, no máximo, 31 de agosto de 2008. A medida votada combina ainda a concessão em

Os democratas contaram com a ajuda de dois republicanos para conseguir aprovar a medida. Nos votos contra a medida, além dos republicanos, que votaram em massa pela reprovação, 14 democratas rejeitaram a proposta.


 


Antes mesmo da votação dos congressistas, a Casa Branca já havia anunciado que o presidente americano, George W. Bush, vetaria qualquer decisão desse tipo. A medida segue agora para o Senado e deve ser votada na semana que vem.


 


No Senado, cuja versão exige uma saída antes de 1º de abril de 2008, os democratas têm uma pequena maioria e precisarão de pelo menos 60 votos para que a medida siga adiante.




Ainda que o Senado a aprove, as duas câmaras precisarão da aprovação de dois terços para superar um veto presidencial, o que é considerado pela mídia americana extremamente improvável. 


 


A presidente da casa, Nancy Pelosi (democrata), participou dos esforços para conquistar os 218 votos necessários à aprovação do polêmico projeto de lei na Câmara dos Representantes, composta por 435 membros.


 


''Trata-se de um momento histórico para nosso partido e de um momento histórico para nosso país'', afirmou a congressista.


 


''Os votos (em favor de estipular o prazo) são bastante sólidos'', afirmou o presidente da Comissão da Câmara para os Serviços Militares, Ike Skelton, do Partido Democrata.


 


Os fundos de emergência vão servir também para apoiar o sistema de saúde dos veteranos de guerra, que provocaram grande polêmica nas últimas semanas, devido às condições degradantes de algumas instalações hospitalares onde estão internados muitos veteranos.


 


Outro dos aspectos da lei fixa o limite de 13 meses para cada missão internacional, exigindo que os soldados fiquem pelo menos um ano nos EUA entre cada expedição militar no estrangeiro. Caso Bush vete a medida, o financiamento também será vetado.