Estudantes ocupam a Rio Branco no dia nacional de luta pelo passe livre

No dia 22, cerca de 5 mil estudantes do Rio de Janeiro participaram do dia nacional de luta pelo passe livre com um protesto na Avenida Rio Branco, no centro do Rio. Os protestos ocorreram em várias outras capitais com milhares de jovens que reivindica

O presidente da UBES, Thiago Franco, disse que o benefício exigido, garante à juventude uma formação-cidadã mais completa: “A educação não se resume à sala de aula. O aluno precisa ter acesso também à cultura, esportes e outras atividades, o que assegura seu convívio com todos os aspectos da sociedade”, explica.



Na capital carioca, um trio elétrico conduziu o ato, com estudantes da Baixada e das regiões Metropolitana e Serrana, que engrossaram o coro, ao cantar palavras de ordem como: “O dinheiro do meu pai não é capim, eu quero passe-livre, sim”.



O presidente da AMES/Rio (Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), Caio César destacou a necessidade de combater a política “dos tubarões do transporte coletivo” que, segundo ele sinaliza para a marginalização da juventude, tendo em vista que é sempre contrária à democracia e a inclusão social. “Vamos à luta. Não vamos nos calar!”, estimulou.



O Rio de Janeiro se destaca por ser um dos únicos municípios do país que oferece transporte gratuito aos alunos de escola pública. Contudo, a UBES luta para que o benefício seja estendido para a linha intermunicipal, sem restrições de horários e uso ilimitado, conforme explica o diretor da entidade Osvaldo Lemos. “Esse é um direito do estudante e nossa batalha só vai acabar quando a vitória for concretizada”, disse.



A passeata pelo passe livre coloriu a cidade maravilhosa, ao tomar às ruas, com o consentimento da população, que assistia o manifesto pacífico. O trajeto terminou em frente ao prédio da Assembléia Legislativa, onde uma comissão de transportes, formada pelos deputados estaduais, Fernando Gusmão, Carlos Minc, Rodrigo Neves e Paulo Melo recebeu os diretores das entidades. Paulo Melo pediu que os alunos fizessem um documento com todas as queixas e reivindicações, para ser encaminhado ao governador Sérgio Cabral, e tranqüilizou os estudantes lembrando que o passe-livre é uma briga antiga de Cabral, que foi co-autor da lei.



Em uma conversa formal, os parlamentares analisaram a proposta das entidades. Ao lembrar de sua época de militância, Fernando Gusmão, que já foi presidente da UNE, aconselhou aos estudantes a pressionarem as autoridades, alertando para os seus direitos. “Não deixem que o esforço seja em vão. Não faz sentido afirmar que o governo defende a educação, se na prática isso não acontece”, ressaltou. O vereador do Rio, Roberto Monteiro (PCdB), também esteve na manifestação e, no carro de som, disse apoiar o ato dos estudantes.



Com informações da UNE