Tornar a luta da mulher tarefa dos comunistas do PCdoB

Em mais uma contribuição para o debate da questão da mulher, Lucinete Maria Costa de Souza, militante do PCdoB do Rio Grande do Norte, fala sobre a necessidade de se fazer do debate sobre o feminismo uma agenda de todo o partido. Acompanhe a seguir a

Sensibilizados(as) pelas questões da mulher na atualidade, todos(as) nós  que formamos o Partido Comunista do Brasil, na condição de filiados, militantes, simpatizantes dirigentes e quadros partidários no Rio Grande do Norte, estamos imbuídos da tarefa solicitada pelo Comitê Nacional do nosso glorioso partido, de realizarmos a I Conferência Nacional sobre Questões das Mulheres em sua etapa estadual, cujo propósito de tornar a luta da mulher tarefa de todo o partido, reanima, fortalece, eleva a auto- estima, dá visibilidade as heroínas do povo brasileiro, rompendo com o “Silêncio que Fala”. Não é por acaso o momento que tudo isto ocorre.


 


 


Trata-se do tempo de  celebração dos  85 anos de luta política do PCdoB por um Brasil soberano, democrático, de igualdade dos direitos sociais para homens e mulheres, ocasião que fazemos valer o protagonismo da luta política de tantas mulheres, entre elas, as comunistas, quando retomamos, oportunamente o debate coletivo sobre a temática da mulher, atualizando as propostas para a intervenção política da luta do movimento feminista brasileiro. Sabe-se que o desenvolvimento teórico do pensamento emancipacionista, e conseqüentemente a estruturação de sua corrente é fundamental para a incorporação das mulheres à luta pelo Projeto Político do Partido, na perspectiva de avançarmos na construção da Alternativa Socialista.


 


É propósito da I Conferência Nacional sobre Questões da Mulher, convocada em dezembro de 2006, culminando em 31 de março de 2007, a formulação de uma proposta política que forje o protagonismo das mulheres na luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento humano, com a valorização do trabalho e da vida mesmo vivendo as adversidades impostas pelo atual estágio do capitalismo neoliberal, enfrentando a luta de idéias sobre o pensamento emancipacionista e propondo medidas para que sejam internalizadas, e possa ganhar força material, a idéia da luta da mulher como tarefa de todo o partido, promovendo e valorizando sua atuação nas instâncias partidárias, convictos(as) do sentido estratégico da luta contra a desigualdade de direitos entre gêneros, como forma de emancipação dos  homens  e das mulheres, promovendo a visibilidade do papel das mulheres na vida social, econômica, política e cultural, enfim, construindo uma perspectiva de luta da mulher integrada à luta do povo brasileiro pelo desenvolvimento democrático do nosso país.


 


 


Como sabemos, a discriminação, opressão e alienação na realidade atual, resulta dos impactos neoliberais tomam novas formas e dimensões, cuja luta por sua superação é parte da luta do proletariado por sua libertação.Portanto, reafirmando nas reuniões preparatórias à Conferência em sua etapa estadual, bem como nas plenárias regionais, as quais foram realizadas de forma exitosa nos municípios de  Mossoró, Caicó, Currais Novos  e Natal,  cuja contabilidade nos indicam que conseguimos mobilizar diretamente   250 camaradas, sem contar com a cobertura da mídia, que amplia o nosso debate.


 


Não temos dúvidas em relação ao papel que a Conferência vem cumprindo em relação ao fortalecimento das convicções e formação política ideológica  proporcionada pelas discussões fraternas que vem se desenvolvendo com todos e todas aqueles e aquelas que   lutam no cotidiano dos seus lugares de moradia, estudo e trabalho, contra a opressão da mulher e pela igualdade de gênero, concebendo esta luta como   parte essencial da agenda Socialista,  combinando a busca de atendimento das demandas específicas do gênero feminino com a agenda geral pela emancipação humana, entendida por  todos(as) nós, desde já, como nossa presença militante no exercício democrático, pela superação do capitalismo dando à luta cotidiana da mulher uma formatação do caráter  de   luta pelo Socialismo à medida que aprofundarmos o entendimento estratégico que conta com a inserção da mulher no mercado de trabalho em condições de igualdade de direitos, na lei e na vida.