Brasil é o 53.º no ranking de tecnologias da informação

O Fórum Econômico Mundial (FEM) divulgou nesta quarta-feira (28/3) o ranking de competitividade em Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), no qual o Brasil aparece em 53º no geral e em terceiro lugar na América Latina. Entre os países latino-americ

A Dinamarca é a líder, seguida da Suécia. Os Estados Unidos, líderes no ranking do ano passado, caíram para a sétima posição, sendo ultrapassados ainda por Holanda, Suíça, Finlândia e Cingapura.



A lista é integrada por 122 economias mundiais e integra o Relatório Global sobre Tecnologia da Informação, publicado pelo sexto ano consecutivo pelo FEM.



Nele está incluído o Índice de Disponibilidade de Rede (IDR), que mede a propensão dos países a aproveitar as oportunidades oferecidas pelas TIC em relação ao desenvolvimento e ao aumento da competitividade.



O diretor-executivo do FEM, Klaus Schwab, destacou em comunicado “o poder da TIC para revolucionar o cenário empresarial e econômico, impulsionar os particulares, e, ao mesmo tempo, promover as redes sociais e as comunidades virtuais”.



O IDR avalia a preparação dos países para utilizar a TIC de maneira eficiente no âmbito comercial, regulador e de infra-estrutura geral, além da disponibilidade de particulares, empresas e Governos para utilizar e aproveitar as tecnologias e seu uso real.



“Os resultados da América Latina parecem marcar uma redução na exclusão digital em relação a outras regiões mais prósperas em um nível semelhante de desenvolvimento, como a Ásia e o Leste Europeu”, afirmou Irene Mia, economista do FEM e co-editora do relatório.



Os demais países da América do Sul que aparecem na lista ocupam as seguintes posições: Uruguai (60º), Argentina (63º), Colômbia (64º), Peru (78º), Equador (97º), Bolívia (104º) e Paraguai (114º).



Os economistas do FEM indicaram que a melhora global da região pode ser relacionada com os resultados de uma crescente ênfase nas estratégias da TIC nas agendas políticas dos últimos anos da maioria dos países para reduzir a exclusão digital e aumentar a competitividade.



Segundo os analistas da instituição, os bons resultados da Dinamarca se devem ao fato de que o país — líder do ranking pela primeira vez — “aproveitou a visão transparente do Governo em relação à TIC”.



Também destacaram seu alto nível no uso da internet e dos computadores, além do chamado “Governo Eletrônico” e de um entorno de “e-empresas” muito dinâmico.



A Dinamarca “dispõe de um mercado interno muito desenvolvido, além de uma ênfase contínua em educação, pesquisa e desenvolvimento, e um talento para aplicações de tecnologias pioneiras, que constituíram a base do desenvolvimento da indústria”, diz o documento.



O sucesso dinamarquês é acompanhado pelos demais países nórdicos, que nos últimos seis anos estiveram sempre entre os dez primeiros do ranking.



“A receita dos países nórdicos para o sucesso quanto às redes e à competitividade está relacionada a um forte investimento na educação, que possibilitou o estabelecimento e desenvolvimento de instituições educativas de grande eficiência e uma cultura de inovação”, acrescenta o documento.



A queda dos EUA se deve, segundo os analistas, à “relativa deterioração do contexto regulador e político”, eufemismo utilizado para mascarar as ações do regime Bush denominadas “guerra ao terror”, mas destacam que o país mantém sua primazia na inovação, conduzida por um dos melhores sistemas de ensino superior, pelo alto grau de cooperação com a indústria e por um mercado interno muito eficiente.