Apesar da pressão, Chinaglia diz que não vai antecipar CPI

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que, apesar da pressão da oposição, não vai antecipar a instalação da CPI dos Aeroportos. A informação foi dada nesta segunda-feira (2) em entrevista à reportagem da Rádio Jovem P

Os líderes da oposição se reúnem hoje para formalizar uma nova proposta para a instalação da CPI. Eles garantem que, se ela não for aprovada, pretendem obstruir os trabalhos. Sobre esse assunto, Chinaglia afirmou que vai dialogar com os oposicionistas e explicar a situação. “Espero que haja atitude razoável para cumprir a lei. No entanto, se eu verificar a tentativa de esticar a corda, vou interpretar como uma disputa política”, considerou.


 


Chinaglia concorda com a proposta de Fernando Gabeira (PV-RJ), de se criar uma comissão na Câmara dos Deputados para cobrar soluções imediatas do governo enquanto a CPI não é instalada.


 


Controladores


 


Ainda nesta segunda-feira, Chinaglia almoçou com o Comando da Aeronáutica para tratar com os militares o problema da greve dos controladores de tráfego aéreo, na sexta-feira, que provocou o caos em diversos aeroportos do País neste fim de semana.


 


Na saída da reunião, Chinaglia afirmou que a corporação assegurou que há no Brasil controladores de vôo em número suficiente, que não há ponto cego na rota e que o número de radares é superior ao existente em qualquer outro país da América Latina. Segundo Chinaglia, durante o encontro, ele e o líder do PSDB na Câmara, Julio Redecker (RS), fizeram uma série de questionamentos ao comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Juriti Saito, para obter informações para solucionar a crise aérea no País.


 


Sobre a quebra de hierarquia, reclamada pelos militares, depois que o governo negociou com os controladores de vôo, Chinaglia disse que em nenhum momento os oficiais tocaram no assunto. Ele lembrou, no entanto, que “o chefe maior é o presidente da República”. Mas para Redecker, a quebra de hierarquia “é um precedente perigoso na história do País”. Ele disse acreditar, porém, que as Forças Armadas saberão entender o posicionamento do governo diante da greve dos controladores na última sexta-feira.


 


Segundo Redecker o Comando da Aeronáutica assegurou que os equipamentos são suficientes, assim como o número de controladores e que o Brasil pode ter confiança no sistema. Mas observou que não há controle se houver greve ou motim. Redecker disse que ele e Chinaglia deram sugestões para minimizar problemas nos aeroportos brasileiros, como o descongestionamento do tráfego de Congonhas, em São Paulo e em Brasília, e a limitação de vôos particulares na capital paulista. Questionado sobre como o comando reagiu às sugestões, o deputado disse que “educadamente”.



Da redação,
com agências