Ao assumir cargo, Lupi defende direito de greve do trabalhador

O presidente do PDT e novo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, participou, na tarde desta terça-feira (3), da cerimônia de transmissão de cargo, na sede do ministério, em Brasília. Perguntado sobre o direito de greve dos trabalhadores, Lupi disse achar


Carlos Lupi assumiu esta tarde as funções de Ministro do Trabalho e do Emprego, se comprometendo com cerca de 500 pedetistas vindos de todo o Brasil e outros 300, entre representantes de outros partidos e de centrais sindicais, como a Força Sindical e a CUT, e funcionários do Ministério, a fazer valer o sonho de Brizola e de Vargas para promover uma política que dignifique e valorize o trabalhador.



Ressaltou que, em busca desse objetivo, vai administrar as picuinhas, partidarismos e outros obstáculos que surgirem, para fazer valer a política de aliança do Governo Lula, que, “como fez Getúlio Vargas e defendia Brizola, é uma aliança direta com o povo” e não apenas com suas elites, como vinha ocorrendo em governos interiores.


 


Antes, o novo ministro ouviu longo relato de seu antecessor, o Ministro Luiz Marinho, que agora assume a Previdência, das atividades do Ministério nos últimos quatro anos, segundo o qual houve um aumento de 8,5 milhões de empregos, sendo que 6,3 milhões de empregos formais, ou seja com carteira assinada e uma elevação de 48% no salário-mínimo.


 


Carlos Lupi, que antes havia se reunido com Marinho para entrosar-se da realidade que iria encontrar, disse que esses dados aumentam sua responsabilidade em realizar uma política de Trabalho que contemple o trabalhador, de modo a que cada um deles possa se orgulhar de ter a carteira de trabalho e com ela a segurança de uma oportunidade para sustentar a si e a sua família.


 


A primeira parte do discurso do Ministro Carlos Lupi foi dedicada a Leonel Brizola, “paixão de minha vida”, de quem se disse “afilhado com muita honra”, sobretudo das idéias e do exemplo de uma vida dedicada à promoção social de seu povo e à defesa da soberania e desenvolvimento de seu país. Na segunda parte, Lupi falou da obra de Getúlio Vargas, o homem que criou o salário-mínimo, a carteira do trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho, que assegura até hoje as garantias trabalhistas de férias, repouso semanal e reajuste periódico dos salários, o que não existia antes do primeiro presidente pedetista. Falou também de João Goulart, seu antecessor distante na pasta,que fez uma grande parceria com o trabalhador.


 


Por fim,o Ministro Carlos Lupi depositou sua confiança e disse estar ali para seguir a política de trabalho fixada pelo Presidente, que, por ser aquela mais próxima do povo, vir sofrendo críticas sistemáticas das elites, na maioria das vezes injustas, tal como ocorreu com Getúlio Vargas, em 1954.


 


Fonte: site do PDT