Restauração de patrimônio histórico terá R$ 21 mi do BNDES

O departamento de Economia da Cultura do Banco Nacional de  Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), criado no ano passado, vai aplicar este ano R$ 21 milhões na área de restauro de patrimônio histórico, segundo informou à Agência Brasil a gere

“Restauramos bens de alto significado, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e temos projetos no Brasil inteiro”, afirmou. Os recursos  liberados na área de patrimônio histórico são, em geral, não reembolsáveis, ou seja, não necessitam ser devolvidos ao banco.



Isis Pagy disse que  existe no departamento de Cultura do BNDES  uma gerência de investimentos na cadeia produtiva do audiovisual e o banco também estuda o incentivo à cadeia de música.  Para as áreas de cinema e de acervos, o orçamento previsto pelo BNDES para 2007 alcança, respectivamente, R$ 12 milhões e R$ 6 milhões.



Isis Pagy esclareceu que  o BNDES não está fechado a novos  e importantes projetos que ultrapassem esses valores.  “Se for um projeto  que seja de extremo interesse para o país e para o estado onde estiver localizado, a diretoria  sempre será sensível para ver de que forma pode ir além desses recursos”, afirmou.



Amanhã (16), o povo do Rio de Janeiro e do país terá de volta uma relíquia do Brasil Colônia. Depois de 30 anos fechada, reabrirá as portas ao público a Igreja  de Nossa Senhora da Saúde, no bairro  do mesmo nome, na zona portuária do Rio de Janeiro. A solenidade contará com a presença do cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, Dom  Eusébio Scheid, que fará uma bênção no local.


 


Em 2001, dado o estado precário da construção, o BNDES liberou, também no âmbito da Lei Rouanet, R$ 196,4 mil para obras emergenciais na igreja. “Foi um patrocínio emergencial. Ela estava  com muitos problemas e até com risco de desabamento”. Em 2003, após a conclusão dessa primeira etapa, o BNDES decidiu apoiar a  recuperação total da igreja.



O projeto de restauro da Igreja de Nossa Senhora da Saúde foi aprovado pelo Ministério da Cultura. A obra é toda em estilo barroco e apresenta painéis em azulejos do século XVIII que retratam a passagem de José no Egito. Peças desses painéis foram furtadas durante o tempo em que a igreja ficou fechada.



A igreja começou a ser construída em 1742. Inicialmente como capela, a obra foi atribuída a uma graça alcançada pelo comerciante Manuel da Costa Negreiros, proprietário de uma chácara no alto do Morro da Saúde, e se estendeu de 1742 a 1750.


 


Fonte: Agência Brasil