China quer promover marxismo na internet

O presidente chinês, Hu Jintao, anunciou na segunda-feira (23) uma campanha para promover “produtos culturais saudáveis” destinados à internet. Autoridades do país vão pedir aos meios editoriais e de comunicação que valorizem, por exemplo, as obras m

Reunido sob coordenação de Hu Jintao, o departamento político do Partido Comunista Chinês (conselho de 24 membros que dirigem a legenda) expressou o desejo de que a internet passe a representar mais “o progresso social e a esplêndida cultura tradicional da China”. Em janeiro passado, o presidente chinês há tinha feito um apelo sobre o conteúdo da rede, que está em plena expansão do gigante asiático.


 


Na opinião do partido, há na internet uma abundância de conteúdos “decadentes” demais, conforme registrou a agência de notícias Nova China. Um dos desafios é “consolidar o status do marxismo como guia na esfera ideológica”.


 


Contra a pornografia


 


As mais recentes estatísticas do Centro de Informação chinês sobre a internet citam que o número de internautas aumentou quase 24% em 2006, chegando a 137 milhões de usuários. Em um ano, portanto, mais de 26 milhões de chineses aderiram à rede.


 


As autoridades chinesas acompanham de perto a internet e seus efeitos na sociedade chinesa, demonstrando preocupação com a pornografia e o fenômeno de dependência que alguns usuários apresentam. O governo já lançou sucessivas operações de combate a conteúdos obscenos.


 


A campanha mais recente contra pornografia e “difusão de rumores” foi anunciada neste mês. Já a partir de julho, operadores de videogames na internet precisarão usar um sistema para impedir os menores de jogar por mais de três horas consecutivas.